Banco Central encerra alta de juros, mas desafios econômicos permanecem
Copom sinaliza pausa na alta da taxa Selic, enquanto inflação desacelera e incertezas fiscais desafiam recuperação econômica no Brasil

LONGA ESPERA - Galípolo: Selic começa a cair só no ano que vem (Foto: Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
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O Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, após um ciclo de sete aumentos consecutivos. A decisão foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e reflete uma pausa em resposta à desaceleração da inflação e à atividade econômica.
Nos últimos meses, o Brasil enfrentou uma série de desafios, incluindo uma crise de fuga de dólares e uma guerra comercial global. A taxa Selic, que subiu de 10,5% para 15%, atingiu níveis não vistos há duas décadas, resultando em condições de crédito restritivas e crescimento econômico anêmico. A nova decisão do Copom ocorre em um contexto de incertezas fiscais e externas, especialmente com as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos.
Desaceleração da Inflação
O Copom observou sinais de desaceleração na inflação, com o IPCA apresentando uma alta acumulada de 5,3% em doze meses, ainda acima da meta de 3%. Apesar disso, a expectativa é de que a inflação comece a convergir para as metas estabelecidas, embora a política fiscal do governo ainda traga riscos inflacionários.
O economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, destacou que o balanço de riscos se tornou simétrico, permitindo ao Copom uma pausa para avaliar os efeitos da política monetária. A expectativa é que os primeiros cortes na Selic ocorram entre dezembro e março do próximo ano, dependendo da responsabilidade fiscal do governo.
Impactos Econômicos
Os efeitos da alta de juros começam a se manifestar na economia, com projeções de crescimento próximo de zero nos últimos trimestres de 2024. Indicadores de consumo e crédito mostram crescimento moderado, enquanto a taxa de desemprego caiu para 5,8%.
A comunicação do Copom enfatizou a necessidade de cautela, afirmando que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste se necessário. A colaboração da política fiscal é vista como crucial para permitir cortes na Selic, que podem ajudar a estimular a economia e controlar a inflação nos próximos meses.
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