Argentina intensifica importação de carne brasileira com maior volume desde 1997
Argentina registra aumento recorde nas importações de carne bovina do Brasil, refletindo a crise econômica e a inflação crescente

Trabalhadores preparam um churrasco tradicional em Armstrong, Santa Fé, Argentina. (Foto: Bloomberg)
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A Argentina está enfrentando um aumento significativo nas importações de carne bovina do Brasil, com um recorde de 1.033 toneladas mensais no primeiro semestre de 2023. Essa mudança é impulsionada pelas políticas do presidente Javier Milei, que buscam facilitar o acesso a produtos estrangeiros em meio a uma inflação crescente e preços elevados no mercado interno.
As importações argentinas de carne bovina do Brasil saltaram de apenas 24 toneladas no mesmo período do ano anterior, marcando o maior volume sazonal desde 1997, conforme dados oficiais. Apesar de a Argentina ser um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, com uma produção mensal de cerca de 250 mil toneladas, a alta nos preços locais tem levado os consumidores a buscar alternativas no mercado externo.
Impacto no Consumo e Preços
Os argentinos consomem, em média, 50 quilos de carne vermelha por pessoa anualmente, um número que tem diminuído nos últimos anos. Em junho, o preço da carne na Grande Buenos Aires subiu 53% em relação ao ano anterior, superando a inflação geral de 39%. Essa situação é crítica para Milei, que busca conquistar eleitores nas eleições legislativas de outubro.
As políticas de Milei visam estabilizar o peso argentino e abrir a economia, o que, embora tenha ajudado a moderar os preços, também tornou as importações mais acessíveis. Diego Ponti, analista do mercado de carne bovina da AZ Group, explica que a Argentina se tornou mais cara em dólares, permitindo que a carne brasileira chegue a preços competitivos.
Desafios e Oportunidades
Os frigoríficos argentinos estão enfrentando custos elevados, pagando quase US$ 5 por quilo de boi gordo. A maior parte das exportações de carne bovina da Argentina, avaliadas em US$ 3,4 bilhões em 2023, tem como destino a China. Contudo, a recente tarifa de 50% imposta por Donald Trump à carne brasileira pode alterar o cenário competitivo, redirecionando excedentes brasileiros para o mercado chinês.
A situação atual destaca a complexidade do mercado de carne bovina na Argentina, onde as decisões políticas e econômicas têm um impacto direto no cotidiano dos consumidores e na dinâmica do setor.
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