Governo propõe crédito acessível e adiamento de dívidas para reduzir tarifas
Governo Lula busca mitigar impactos das tarifas americanas com crédito e prazos estendidos, enquanto avalia custos das medidas propostas

A equipe econômica ainda não finalizou uma estimativa de custo para os planos, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que cerca de 4% das exportações brasileiras serão afetadas (Foto: Reprodução)
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está implementando um plano para apoiar empresas brasileiras afetadas pelas tarifas de 50% que os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, ameaçaram impor. As tarifas visam setores que não foram isentos nas quase 700 categorias definidas pelo governo americano. A expectativa é que as novas tarifas entrem em vigor na quarta-feira, 6 de setembro.
As medidas de apoio incluem a oferta de crédito mais barato, extensão de prazos de pagamento de dívidas e auxílio para a preservação de empregos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que cerca de 4% das exportações brasileiras para os EUA serão impactadas. Embora o governo busque aliviar os efeitos das tarifas, isso pode comprometer a meta fiscal de 2025, aumentando os gastos primários e a dívida pública.
Medidas de Apoio
O programa de apoio deve incluir a disponibilização de crédito para capital de giro por meio do BNDES, com suporte de um fundo garantidor público. Além disso, o governo planeja ajudar as empresas a estender o prazo de pagamento de empréstimos e a cobrir temporariamente os custos salariais, semelhante ao que foi feito durante a pandemia.
A equipe econômica ainda está avaliando o custo total das medidas e se utilizará recursos públicos existentes ou se precisará emitir nova dívida. Uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) será necessária para garantir que os bancos não sejam penalizados pelas regras prudenciais.
Negociações e Ações Legais
O governo Lula também está buscando negociar com os EUA para demonstrar a falta de sentido econômico nas tarifas. Haddad mencionou a possibilidade de conversas com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. Além disso, a Câmara de Comércio Exterior do Brasil autorizou consultas à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a legalidade das tarifas, com uma ação judicial prevista para os próximos dias.
Essas iniciativas refletem a preocupação do governo em mitigar os impactos das tarifas e proteger a economia brasileira em um cenário de crescente tensão comercial.
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