Disney decide não divulgar mais número de assinantes do serviço de streaming

A Walt Disney Company anunciou que não divulgará mais os números de assinantes de seus serviços de streaming, como Disney+ e ESPN Plus. A decisão foi comunicada durante a apresentação dos resultados trimestrais, em 7 de novembro, pelo CEO Bob Iger e o CFO Hugh Johnston. A mudança segue o exemplo da Netflix, que já havia adotado uma abordagem semelhante.

No terceiro trimestre fiscal, a Disney+ registrou um aumento de 2,6 milhões de novos assinantes, totalizando 128 milhões. Apesar do crescimento, a empresa optou por não divulgar mais os números, alegando que essa métrica se tornou "menos significativa" para avaliar o desempenho dos negócios. A decisão visa alinhar-se às transformações no cenário da mídia.

O destaque do trimestre foi o aumento do lucro, que dobrou em comparação ao ano anterior, alcançando US$ 346 milhões. A receita do segmento de streaming cresceu 6%, totalizando US$ 6,18 bilhões. Esse desempenho ajudou a compensar a queda de 15% nas receitas da TV tradicional, que somaram US$ 2,27 bilhões.

Reestruturação e Previsões

Além do streaming, a divisão de entretenimento da Disney também se beneficiou com o sucesso de "Lilo & Stitch", que arrecadou US$ 1,025 bilhão mundialmente. Esse resultado foi suficiente para mitigar os prejuízos de outros lançamentos, como "Elio" e "Thunderbolts". Recentemente, a Disney anunciou demissões em massa nas áreas de cinema e TV como parte de uma reestruturação.

A empresa havia estabelecido uma meta de US$ 1 bilhão em lucro com streaming até 2025, mas agora atualizou suas previsões para US$ 1,3 bilhão. O crescimento no setor de streaming se mostra crucial para a Disney, especialmente em um momento em que a TV tradicional enfrenta desafios significativos.