14 de jul 2025
Educação e mercado se conectam na nova fase da transição escola-trabalho
Relatório da OCDE aponta que apenas 35% dos jovens brasileiros se sentem prontos para o mercado de trabalho, evidenciando a urgência de políticas públicas.

Foto: Reprodução
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O relatório “The State of Global Teenage Career Preparation”, da OCDE, revela que a inserção profissional da juventude no Brasil é um desafio crítico. Apenas 35% dos jovens se sentem preparados para o mercado de trabalho, enquanto a média da OCDE é de 58%. O estudo destaca que 55% dos estudantes brasileiros aspiram a profissões que exigem ensino superior, um número que chega a 72% entre os jovens do país.
A situação é ainda mais alarmante quando se observa o acesso a estágios: apenas 28% dos jovens brasileiros têm essa oportunidade, comparado a 65% na média dos países participantes do Pisa. Para os jovens de baixa renda, essa taxa despenca para 15%, enquanto entre os de alta renda, chega a 45%. Essa disparidade evidencia a falta de vivência prática e orientação adequada.
Necessidade de Políticas Públicas
A OCDE enfatiza a urgência de políticas públicas eficazes para melhorar a transição entre a escola e o trabalho. As instituições de ensino, muitas vezes desconectadas das demandas do mercado, precisam desenvolver habilidades essenciais como pensamento crítico e criatividade. O relatório sugere que o aconselhamento vocacional é uma das melhores estratégias para guiar os jovens em suas escolhas profissionais.
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que as escolas se articulem com empresas e organizações de intermediação laboral. A criação de parcerias setoriais e conselhos consultivos pode ajudar a alinhar currículos às necessidades do mercado, similar ao que ocorre em países como Reino Unido e Austrália.
Iniciativas e Oportunidades
Diversas iniciativas podem ser adotadas para melhorar a empregabilidade dos jovens. A expansão de programas de estágio e a simplificação de processos para empresas são essenciais. Além disso, o desenvolvimento de plataformas digitais que conectem jovens a oportunidades de trabalho e mentoria pode ser um diferencial.
Programas como o “Jovens Empreendedores Primeiros Passos”, do Sebrae, também são importantes para fomentar o empreendedorismo. O relatório da OCDE serve como um catalisador para ações que visem maximizar o potencial da juventude brasileira, garantindo que a empregabilidade não seja um resultado fortuito, mas sim um produto de um investimento estratégico e coordenado.
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