Flipei denuncia censura da Prefeitura de SP enquanto Flip atrai mais público
Flip 2025 atraiu um público maior e gerou discussões importantes sobre racismo e feminismo, destacando novas vozes na literatura e na educação

Triste Tigre, O coração do dano e De Pé, Tá Pago são os lançamentos destacados pela Tudo a Ler nesta semana (Foto: Editoria de Arte/Folhapress)
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A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025 encerrou-se recentemente, destacando-se pela presença de renomados autores e discussões sobre temas sociais relevantes. O evento, que ocorreu nas históricas ruas de Paraty, contou com a participação de figuras como o autor italiano Sandro Veronesi, a escritora surinamesa Astrid Roemer e a nova imortal da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Gonçalves.
Entre os momentos marcantes da Flip, Rosa Montero trouxe à tona seu lado jornalista, enquanto Monique Malcher criticou a falta de representatividade de escritoras do Norte do Brasil. O evento também foi enriquecido pela presença da ministra Marina Silva, que foi recebida como uma verdadeira celebridade. A discussão sobre racismo, mediada por Ynaê Lopes dos Santos e Tiago Rogero, evidenciou a ausência de negros na plateia, enquanto Cristina Rivera Garza e María Negroni debateram a luta feminista.
Lançamentos e Vendas
A Flip 2025 registrou um aumento de 10% no público em relação à edição anterior, refletindo nas vendas, que totalizaram 20.473 livros na livraria oficial. Os autores mais procurados foram Valter Hugo Mãe, Paulo Leminski e Rosa Montero. Entre os lançamentos, destacam-se "Triste Tigre", que aborda o trauma do abuso sexual, "O Coração do Dano", uma reflexão sobre a relação mãe e filha, e "De Pé, Tá Pago", que discute a vida de imigrantes sob a perspectiva de seguranças.
Temas Políticos e Protestos
A edição deste ano também foi marcada por temas políticos. O professor Ilan Pappe discutiu questões críticas sobre Israel, enquanto um protesto de comunidades tradicionais contra o PL 2.159, conhecido como PL da Devastação, ocorreu em Paraty. A Flip se reafirmou como um espaço de debate e resistência, atraindo um público diversificado e engajado.
Além disso, a Fuvest anunciou uma lista de leituras obrigatórias composta exclusivamente por autoras mulheres, trazendo novas vozes para as salas de aula. Essa mudança promete enriquecer o debate literário e social entre os estudantes.
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