Correntes de retorno: como se proteger e agir em caso de emergência na praia
Aumenta a preocupação com afogamentos em praias devido às correntes de retorno, que já vitimaram 30 pessoas nos EUA neste verão.

Corante verde mostra o trajeto de uma corrente de retorno (Foto: Administração Nacional Oceânica e Atmosférica - NOAA)
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Aumento de Afogamentos por Correntes de Retorno Preocupa Especialistas
O verão de 2023 trouxe um alerta crescente sobre os perigos das correntes de retorno nas praias. Recentemente, o ator Malcolm-Jamal Warner foi arrastado por uma dessas correntes na Costa Rica, enquanto pelo menos 30 pessoas se afogaram nos Estados Unidos neste verão, a maioria devido a essas correntes traiçoeiras.
As correntes de retorno são canais de água que fluem rapidamente para longe da costa, podendo puxar banhistas para o alto-mar. O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA relata que os afogamentos aumentam com a chegada do verão, especialmente em praias sem salva-vidas. Warner, conhecido por seu papel em The Cosby Show, enfrentou essa situação em uma praia famosa por suas correntes, onde não havia supervisão de salva-vidas.
Riscos e Estatísticas
Além dos incidentes nos EUA, a Austrália registra uma média de 26 afogamentos anuais relacionados a correntes de retorno. Nos Grandes Lagos, essa média é de 50 afogamentos por ano entre 2010 e 2017. As correntes se formam quando a água flui através de canais estreitos, muitas vezes invisíveis para os nadadores. Gregory Dusek, cientista sênior da NOAA, alerta que mesmo correntes mais fracas podem ser perigosas, pois podem levar um nadador de áreas rasas para águas profundas.
Essas correntes são mais comuns em condições de ondas entre 60 e 90 centímetros de altura, e o risco aumenta com a aproximação de tempestades tropicais. A NOAA disponibiliza previsões sobre as condições das praias, indicando o nível de risco de correntes de retorno.
Dicas de Segurança
Para evitar tragédias, especialistas recomendam algumas práticas de segurança. Saber nadar é essencial antes de entrar no mar. Sempre que possível, escolha praias com salva-vidas e informe-se sobre as condições da água. Mantenha distância de píeres e molhes, onde as correntes são mais frequentes.
Caso alguém seja arrastado, Dusek sugere que se mantenha a calma e flutue, evitando nadar contra a corrente. A melhor estratégia é nadar lateralmente até sair da corrente e, em caso de emergência, acenar para pedir ajuda. A orientação é clara: ajude sem se colocar em risco e sempre avise um salva-vidas ou ligue para os serviços de emergência.
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