06 de ago 2025
'Dreamgirls' e 'Jersey Boys' abordam dramas da cultura negra e operária em SP
Musicais em São Paulo abordam racismo e desigualdade de gênero, trazendo histórias de superação até o final de novembro

Velson D'Souza, Henrique Moretzsohn, Bruno Narchi e Artur Volpi formam o elenco do musical 'Jersey Boys' (Foto: Pedro Dimitrow/Divulgação)
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Atualmente, os musicais "Dreamgirls" e "Jersey Boys" estão em cartaz em São Paulo, abordando a luta de artistas afro-americanos e suburbanos na indústria musical. As produções, que refletem questões de racismo e desigualdade de gênero, estão sendo apresentadas no Teatro Santander e no 033 Rooftop, respectivamente.
"Dreamgirls: Em Busca de um Sonho" narra a trajetória de três cantoras afro-americanas em busca do estrelato nos anos 1960, enfrentando um ambiente marcado pelo racismo e pela desigualdade de gênero. O espetáculo destaca a luta de Effie, interpretada por Letícia Soares, que se vê substituída por Deena Jones, vivida por Laura Castro, em um momento crucial que evidencia a pressão para se adequar aos padrões da indústria. Soares ressalta que a história continua relevante, refletindo a brutalidade do show business.
Por outro lado, "Jersey Boys: A História de Frankie Valli e Os Four Seasons" conta a saga de quatro rapazes de Newark que superaram um passado criminal para formar uma das bandas mais populares da década de 1960. O elenco, que inclui Henrique Moretzsohn como Frankie Valli, explora a realidade dos jovens que, apesar de suas dificuldades, conseguiram alcançar o sucesso. O musical destaca a relação dos artistas com o submundo, onde a música se torna uma forma de escapar da dura realidade.
Temas em Evidência
Ambos os espetáculos, embora distintos em suas narrativas, compartilham temas de superação e a busca por identidade em um contexto social desafiador. "Dreamgirls" enfatiza a afirmação da música negra e a luta contra o racismo, enquanto "Jersey Boys" retrata a vida de trabalhadores que se tornaram ícones da música pop.
Os diretores e elencos de ambas as produções reconhecem a importância de suas histórias, que ressoam com as lutas contemporâneas. "Esses musicais são um reflexo de como a arte pode abordar questões sociais relevantes", afirma Gustavo Barchilon, diretor de "Dreamgirls".
Os espetáculos estão em cartaz até o final de novembro e prometem emocionar o público com suas histórias de luta, amor e superação. Os ingressos variam de R$ 50 a R$ 350 e podem ser adquiridos online.
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