24 de jan 2025
Trump afirma que a China controla o Canal do Panamá e promete retomar a gestão da via
Donald Trump reafirmou intenção de retomar controle do Canal do Panamá, desafiando soberania panamenha. A China, embora presente na região, não controla o canal, que é administrado pelo Panamá. Especialistas alertam que ações agressivas dos EUA podem fortalecer influência chinesa na América Latina. Trump critica taxas de embarcações americanas, alegando que são "uma piada completa". A soberania panamenha é inegociável; uma invasão dos EUA prejudicaria relações na região.
Foto:Reprodução
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou em sua posse que pretende retomar o controle do Canal do Panamá, sugerindo até o uso de força militar para isso. O canal, que possui 82 quilômetros e foi inaugurado em 1914, é administrado pelo Panamá desde 1999. Trump afirmou que a China opera a via, o que foi contestado pelo presidente panamenho, José Raúl Mulino, que reafirmou que o canal "é e continuará sendo do Panamá".
Anualmente, cerca de 14 mil navios transitam pelo Canal do Panamá, que serve como um importante atalho entre os oceanos Pacífico e Atlântico. Trump já havia insinuado, em postagens anteriores, que soldados chineses operam ilegalmente na área, alegações que foram negadas por autoridades do Panamá e da China. A administração do canal é feita pela Autoridade do Canal do Panamá, uma entidade estatal sem vínculos diretos com Pequim.
Desde que o Panamá estabeleceu relações com a China em 2017, a presença chinesa na região aumentou, com investimentos significativos em infraestrutura. Em 2024, a China foi responsável por 21,4% do volume de carga que passou pelo canal, tornando-se o segundo maior usuário, atrás dos EUA. Apesar das preocupações levantadas por Trump sobre a influência chinesa, especialistas afirmam que a soberania do Panamá sobre o canal é inegociável e que a presença da China não implica controle sobre a via.
A retórica de Trump levanta questões sobre a relação entre os EUA e o Panamá, com analistas sugerindo que uma abordagem agressiva poderia fortalecer a influência da China na região. As críticas de Trump às taxas pagas por embarcações americanas e suas ameaças de intervenção militar são vistas como estratégias de pressão, mas especialistas acreditam que o foco deve ser em manter boas relações com o Panamá, em vez de recorrer a ações militares.
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