27 de jan 2025
Irã aumenta repressão a cristãos com penas de prisão severas em 2024
Em 2024, 96 cristãos no Irã foram condenados a 263 anos de prisão, aumento alarmante. O Irã criminaliza a Bíblia, tratando a como contrabando e evidência de crime. Agentes do IRGC (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica) realizam prisões sob novas leis. Relatório revela que o governo busca isolar financeiramente a comunidade cristã. Atividades religiosas comuns, como doações, são agora punidas pelos tribunais iranianos.
Foto:Reprodução
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Grupos cristãos alertaram sobre um aumento significativo na repressão a cristãos no Irã, com sentenças de prisão mais severas em 2024. O relatório do grupo de direitos humanos Article 18, em parceria com Portas Abertas, CSW e Middle East Concern, revela que a duração das penas aumentou seis vezes em relação a 2023, totalizando 263 anos para 96 cristãos condenados. Em contraste, no ano anterior, apenas 22 cristãos haviam recebido penas que somavam pouco mais de 43 anos.
O relatório, intitulado “A ponta do iceberg”, destaca que as prisões foram realizadas por agentes de inteligência do IRGC (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica), que utilizam uma disposição do Artigo 500 do Código Penal Islâmico. Essa norma prevê penas de até 10 anos para indivíduos que supostamente recebem “ajuda financeira ou organizacional de fora do país”. A análise se baseia em dados vazados de mais de 3 milhões de arquivos do judiciário iraniano, abrangendo casos de mais de 300 cristãos.
As organizações cristãs afirmam que o Irã considera a Bíblia como contrabando e os cristãos como membros de uma “seita” que ameaça a segurança nacional. Isso resulta em acusações por atividades religiosas comuns. O relatório também revela que os cristãos estão sendo criminalizados por sua fé, e aqueles interrogados frequentemente enfrentam pressão para renunciar a suas crenças.
O documento aponta que o governo iraniano intensificou esforços para isolar e minar financeiramente a comunidade cristã, como parte de uma estratégia para suprimir seu crescimento. Práticas comuns entre cristãos, como doações e dízimos, foram criminalizadas pelos Tribunais Revolucionários do Irã, dificultando a manutenção de suas atividades religiosas.
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