17 de fev 2025
Debate eleitoral na Alemanha expõe ataques à extrema direita e suas polêmicas alianças
Debate eleitoral em 17 de setembro expôs a extrema direita na Alemanha. Alice Weidel, da AfD, foi criticada por associações com extremistas nazistas. Apoio do vice presidente dos EUA, J.D. Vance, gerou polêmica entre candidatos. Olaf Scholz e Friedrich Merz destacaram a necessidade de evitar a extrema direita. Eleições gerais em 23 de setembro ocorrem em meio a tensões econômicas e sociais.
Foto:Reprodução
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Os quatro principais candidatos ao cargo de primeiro-ministro da Alemanha participaram de um debate eleitoral acalorado na noite de domingo (17), com foco na extrema direita. A candidata da Alternativa para a Alemanha (AfD), Alice Weidel, foi o alvo principal dos ataques do atual premiê Olaf Scholz (Partido Social-Democrata - SPD), do candidato do Partido Verde, Robert Habeck, e do líder da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz. O debate, que durou duas horas, abordou temas como a guerra na Ucrânia e a associação da AfD com a ideologia nazista, a menos de uma semana das eleições gerais, marcadas para o próximo domingo (23).
Weidel se destacou ao mencionar o apoio do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que a encontrou durante a Conferência de Segurança de Munique. Ela elogiou o discurso de Vance, que incentivou o diálogo entre partidos tradicionais e de extrema direita. A candidata, de 46 anos, acredita que seu partido pode alcançar um recorde de 20% dos votos. O apoio de Vance gerou indignação entre os partidos tradicionais da Alemanha, que se opõem a formar coalizões com a AfD, um descontentamento que ficou evidente durante o debate.
Merz, cujo partido CDU deve vencer as eleições com cerca de 30% dos votos, acusou Weidel de abrigar extremistas na AfD, citando Björn Höcke, que venceu eleições regionais na Turíngia. Scholz afirmou que "não há cooperação com a extrema direita", ressaltando a importância de aprender com as lições do Nacional-Socialismo. Weidel rebateu, afirmando que os ataques insultam milhões de eleitores.
Os candidatos também divergiram sobre o financiamento de gastos extras com defesa e o envio de tropas à Ucrânia. Habeck destacou que os eventos recentes, incluindo a Conferência de Segurança, não devem ser subestimados, referindo-se ao governo Trump como um ataque à comunidade ocidental de valores. Com o debate, a Alemanha se aproxima da última semana de campanha, enfrentando uma economia estagnada e preocupações com a imigração e as relações transatlânticas sob o novo governo dos EUA.
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