17 de fev 2025
Líderes europeus se reúnem em Paris e rejeitam 'paz ditada' para a Ucrânia
Líderes europeus se reuniram em Paris para discutir a guerra na Ucrânia. Rejeitaram uma "paz ditada" e pediram inclusão da Ucrânia nas negociações. Polônia e países do Leste exigem mais investimentos em segurança regional. Premier britânico propôs enviar tropas para força de manutenção de paz. Ucrânia busca garantias de segurança para dialogar com Putin.
Foto:Reprodução
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Na véspera de uma reunião entre representantes dos Estados Unidos e da Rússia sobre a guerra na Ucrânia, líderes europeus se reuniram em Paris para afirmar que qualquer proposta de resolução deve incluir a participação dos ucranianos. Convocados pelo presidente francês, Emmanuel Macron, os líderes enfatizaram que não aceitarão uma "paz ditada" por Washington e Moscou, conforme destacou o chanceler alemão, Olaf Scholz. Ele reiterou o compromisso europeu com a Ucrânia, afirmando: "Nós continuaremos a apoiar a Ucrânia, a Ucrânia pode continuar a confiar em nós."
A ausência da Ucrânia na reunião em Riad gerou preocupações, especialmente após conversas entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. Representantes do governo americano, como o secretário de Defesa, Pete Hegseth, indicaram que a devolução das terras ocupadas pela Rússia pode não ser uma prioridade, e a adesão da Ucrânia à OTAN é considerada inviável. Trump, por sua vez, minimizou a possibilidade de um conflito entre a Rússia e a OTAN, enquanto seu vice, J.D. Vance, destacou que a maior ameaça à Europa não é Moscou, mas sim o "afastamento dos valores democráticos".
Os líderes europeus, cientes da nova dinâmica nas relações transatlânticas, discutiram a necessidade de aumentar seus próprios gastos com defesa. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, mencionou que a Polônia já investe 4,7% do PIB em defesa, superando a meta da OTAN de 2%. A pressão para que países como Alemanha e França também contribuam mais para a segurança coletiva foi um ponto central das discussões. Além disso, a Ucrânia solicitou "garantias de segurança" para iniciar um diálogo com Putin, um pedido que foi abordado pelos líderes europeus.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou disposição para enviar tropas britânicas como parte de uma força de manutenção de paz, mas essa ideia não é amplamente apoiada. Scholz e o premier espanhol, Pedro Sánchez, consideraram prematuro discutir o envio de tropas, enquanto a premier dinamarquesa, Mette Frederiksen, destacou a urgência de fornecer apoio à Ucrânia. Tusk, por sua vez, enfatizou a necessidade de investimentos em segurança para os países do Leste Europeu, afirmando que, se a União Europeia não consegue se defender, não pode oferecer garantias a outros. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou que a Ucrânia merece paz por meio da força e que a Europa deve reforçar sua defesa.
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