Chanceleres do G7 se reúnem no Canadá para discutir tensões com os EUA e a Ucrânia

Os ministros das Relações Exteriores das principais democracias ocidentais se reúnem no Canadá nesta quinta-feira, 13 de junho de 2024, em meio a tensões entre os aliados dos Estados Unidos e o presidente Donald Trump. O encontro ocorre na cidade de La Malbaie, em Quebec, e conta com a presença de chanceleres do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e representantes da União Europeia. A agenda inclui discussões sobre a Ucrânia, especialmente após conversas do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, com autoridades ucranianas.

Um dos principais tópicos será o relato das negociações em Jeddah, onde a Ucrânia manifestou disposição para um cessar-fogo de 30 dias na guerra com a Rússia. No entanto, a elaboração de uma declaração final consensual tem se mostrado desafiadora, especialmente após a imposição de tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio pelos EUA, que geraram retaliações do Canadá e da UE. Washington busca limitar a linguagem sobre a Ucrânia e se opõe a uma declaração sobre a frota sombra da Rússia, enquanto exige uma postura mais firme em relação à China.

Rubio enfatizou que os EUA não desejam uma declaração que comprometa os esforços de negociação entre Rússia e Ucrânia. Ele destacou que uma boa declaração do G7 deve reconhecer os esforços dos EUA para encerrar a guerra. Diplomatas do G7 acreditam que os resultados de Jeddah podem facilitar as negociações sobre a Ucrânia, embora a postura de Trump tenha se tornado menos amigável em relação ao país desde seu retorno ao cargo.

As relações entre Estados Unidos e Canadá estão em um ponto crítico, com Trump ameaçando tarifas sobre todas as importações canadenses e fazendo comentários sobre a anexação do Canadá como o "51º estado". A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, afirmou que levantará a questão das tarifas durante o G7, buscando coordenar uma resposta com os europeus. Diplomatas europeus esperam avaliar a influência de Rubio na política externa dos EUA, em meio a preocupações sobre as declarações erráticas de Washington em questões internacionais.