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01 de mai 2025

A OIM registra 9.002 mortes em travessias migratórias em 2024, o ano mais letal

Migração atinge recorde de mortes em 2024, com 9.002 vítimas. Nova política da UE classifica países como seguros, dificultando asilo.

Foto:Reprodução

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Relatório da Organização Internacional para Migrações (OIM) revela que 2024 foi o ano mais letal para migrantes, com 9.002 mortos e desaparecidos. Desde 2014, o total de vidas perdidas chega a 74.408. A maioria das vítimas, 72%, estava em áreas de crises humanitárias ou tentando escapar delas.

Afeganistão, Mianmar, Etiópia, Síria, Guatemala e Venezuela são os países com maior número de migrantes afetados. A situação é crítica no estreito de Darién, entre Colômbia e Panamá. A diretora da OIM, Amy Pope, afirmou que esses números são um "lembrete trágico" das condições que forçam as pessoas a arriscar suas vidas.

A rota mais perigosa continua sendo o Mediterrâneo central, onde quase 32 mil migrantes morreram ou desapareceram. Além disso, mais de 42 mil se afogaram, e cerca de 30 mil corpos não foram recuperados. A OIM destaca que muitos migrantes morrem em áreas de guerra, e as estatísticas podem não refletir a realidade, pois faltam dados em regiões de conflito.

Mudanças nas Políticas de Asilo

A situação pode se agravar em 2025 devido a novas políticas de imigração nos Estados Unidos e na Europa. O governo dos EUA, sob Donald Trump, planeja deportar 20 milhões de pessoas. Na Europa, a nova política da União Europeia (UE) classifica países como seguros, dificultando pedidos de asilo. Cidadãos de Kosovo, Bangladesh, Colômbia, Egito, Índia, Marrocos e Tunísia enfrentarão processos mais rigorosos.

A Comissão Europeia anunciou uma "lista de países de origem seguros", que será parte do Pacto de Imigração e Asilo, previsto para entrar em vigor em junho de 2026. Especialistas alertam que essa medida pode resultar em uma "deterioração do acesso à proteção" para solicitantes de asilo.

Críticas e Consequências

Organizações como a Human Rights Watch criticam a UE por sua abordagem, alegando que a cooperação com países como Líbia e Tunísia ignora abusos contra migrantes. Desde 2014, a Líbia registrou 8.680 mortos e 12.249 desaparecidos entre migrantes.

A Comissão Europeia defende que a nova política permite avaliações individuais de segurança para solicitantes de asilo. No entanto, a ONG Pro Asyl alerta que a reforma pode dificultar ainda mais o acesso à proteção para aqueles que realmente precisam. A OIM pede uma abordagem diferente, enfatizando a necessidade de criar oportunidades em comunidades para que a migração seja uma escolha, não uma necessidade.

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