Trump ameaça democracia nos EUA e gera apreensão global sobre regimes autoritários

A queda do Muro de Berlim em 1989 marcou o fim do bloco socialista e a ascensão da democracia. Contudo, a atual situação nos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, levanta preocupações sobre um possível retrocesso democrático global.

A administração Trump, apoiada pelo Partido Republicano, tem gerado apreensão. A conivência do partido e a inação da oposição democrática são evidentes. Pesquisas indicam que apenas dois por cento dos eleitores que votaram em Trump se arrependem. A subserviência de seus subordinados, que se mostram ainda mais alinhados ao trumpismo, é alarmante.

Recentemente, o secretário de Estado, Marco Rubio, fez declarações polêmicas sobre o envio de imigrantes e supostos criminosos para outros países. Ele afirmou que o governo busca "enviar alguns dos seres humanos mais desprezíveis" para nações que aceitem essa proposta. Essa abordagem é considerada uma violação dos direitos humanos e da dignidade das nações envolvidas.

Preocupações Globais

O enfraquecimento da democracia nos Estados Unidos pode ter repercussões em todo o mundo. O fenômeno do trumpismo serve como um alerta para outras democracias, como demonstrado pela recente derrota de forças de direita inspiradas em Trump no Canadá e na Austrália.

Na Alemanha, discute-se a proibição do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), classificado como extremista. Quarenta e oito por cento dos alemães apoiam a proibição, enquanto opositores argumentam que um partido com 20% dos votos não pode ser interditado. No entanto, essa força eleitoral é vista como uma ameaça à democracia.

A situação atual nos Estados Unidos sugere que, se a democracia for derrotada lá, outros países poderão enfrentar o mesmo destino. O efeito dominó que se seguiu à queda do Muro de Berlim pode se inverter, resultando em um aumento de regimes autoritários globalmente.