Itamaraty planeja resgatar políticos brasileiros de Israel pela Jordânia

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está avaliando a evacuação de 41 autoridades brasileiras que se encontram em Israel, em meio ao crescente conflito com o Irã. A retirada pode ocorrer pela fronteira com a Jordânia, uma vez que o espaço aéreo israelense está fechado.

As autoridades brasileiras, que foram ao país a convite do governo israelense, estão em situação crítica. O Itamaraty informou que está em contato com as delegações e com o governo de Israel para garantir a segurança dos grupos. A orientação atual é que permaneçam no país até que as condições de segurança permitam deslocamentos.

Entre os brasileiros, estão o governador de Rondônia, Marcos Rocha, e o prefeito de João Pessoa, Cícero de Lucena Filho. O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, relatou que precisou se refugiar em um abrigo em Kfar Saba e aguarda assistência do Itamaraty para retornar ao Brasil.

Situação de Emergência

O Itamaraty condenou os ataques israelenses ao Irã, considerando-os uma violação da soberania iraniana e do direito internacional. O governo brasileiro destacou que a escalada de violência pode ameaçar a paz e a segurança na região. Os ataques israelenses começaram na madrugada de ontem e resultaram na morte de dois líderes militares iranianos.

O Irã, em resposta, lançou mais de cem drones contra Israel. A situação permanece tensa, e o Itamaraty está buscando abrir uma alternativa de evacuação pela Jordânia, assim que as condições permitirem um deslocamento seguro.

Ações do Governo Brasileiro

A Força Aérea Brasileira está em prontidão para realizar a operação de resgate, que depende de um pedido formal do Itamaraty e da reabertura do espaço aéreo. As autoridades brasileiras têm pressionado o governo para que tome medidas efetivas em relação à segurança dos cidadãos no exterior.

O Grupo Parlamentar Brasil-Israel expressou solidariedade a Israel, condenando as ações do Irã. Contudo, a legitimidade dos ataques israelenses é questionada, uma vez que não foram aprovados pelo Conselho de Segurança da ONU. O governo brasileiro pede contenção e um fim imediato das hostilidades, enfatizando a necessidade de preservar a paz na região.