03 de jul 2025
Ativista israelense denuncia a situação terrível em Gaza e clama por paz
Kibutz Be’eri enfrenta lenta recuperação após ataque do Hamas, com apenas 100 moradores de volta e previsão de normalização apenas em 2026.
Avivit John, 64 anos, que retornou ao Kibbutz Be'eri, em uma foto tirada na terça-feira. (Foto: Luis De Vega Hernández)
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Retorno ao Kibutz Be’eri
O kibutz Be’eri, localizado próximo à Faixa de Gaza, ainda se recupera do ataque devastador do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 250. Avivit John, uma das poucas residentes que voltou, relata que apenas 100 moradores retornaram até agora, enquanto a construção de novas casas avança lentamente.
A comunidade, fundada em 1947, enfrenta um cenário de insegurança contínua. Avivit, de 64 anos, descreve a realidade tensa, com frequentes bombardeios e a presença constante de forças militares. “As últimas noites foram muito ruins. Minha casa não parou de tremer”, afirma. Apesar do medo, ela mantém um espírito pacifista e participa de protestos, expressando preocupação com a situação dos palestinos em Gaza, onde o número de mortos já ultrapassa 56.500.
Vida no Kibutz
O comércio local tenta se reerguer. O que antes era um supermercado agora é uma pequena mercearia, e a cozinha comunitária é operada por trabalhadores beduínos. O kibutz, que antes era um centro econômico vibrante, agora vive em um ritmo reduzido. Avivit destaca que a principal gráfica da região, com 75 anos de história, reabriu apenas dez dias após o ataque.
Recentemente, as autoridades israelenses anunciaram a retirada gradual de ajuda habitacional para os deslocados. No entanto, para Be’eri, a normalidade pode demorar ainda mais, com previsões de retorno total apenas para 2026. Avivit acredita que a segurança não se restabelece rapidamente e critica o governo de Benjamin Netanyahu por exacerbar as tensões.
Reconstrução e Esperança
A construção de novas casas está em andamento, com cerca de 50 unidades já em construção e mais 70 previstas. Avivit observa que, embora muitos lares estejam danificados ou destruídos, a vida começa a renascer. Seu viveiro, que quase secou após o ataque, foi revitalizado com a ajuda de soldados que o regaram.
A escola do kibutz permanece fechada, e as crianças são uma visão rara. Avivit recorda o dia do ataque, quando se escondeu com sua filha, e reflete sobre as mudanças drásticas na comunidade. O cemitério local, agora repleto de flores secas, simboliza a dor e a perda, com a última residente identificada, Ofra Keidar, sendo enterrada recentemente. A esperança de reconstrução persiste, mas o caminho é longo e repleto de desafios.
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