11 de jul 2025
Especialistas afirmam que 'cidade humanitária' em Gaza é crime de guerra e ONU registra 800 mortos
Quase 800 civis morreram em Gaza enquanto buscavam ajuda, e especialistas consideram plano de deslocamento palestino como crime de guerra.

Palestinos inspecionam a destruição em um campo improvisado para deslocados após uma incursão relatada no dia anterior por tanques israelenses na área de Khan Yunis (Foto: AFP)
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À medida que as negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas avançam em Doha, a situação na Faixa de Gaza se agrava. O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos revelou que quase 800 civis perderam a vida enquanto buscavam ajuda humanitária. A crise humanitária se intensifica, com a ONU reportando um número alarmante de mortos.
Especialistas israelenses criticaram um plano do governo que visa deslocar palestinos para uma "cidade humanitária" em Rafah, considerando-o ilegal e um crime de guerra. Uma carta enviada ao ministro da Defesa, Israel Katz, e ao chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, por dezesseis especialistas em direito internacional, destaca que essa ação pode ser vista como um genocídio sob certas condições. Os especialistas pedem que o governo se distancie publicamente do plano.
O plano de deslocamento foi anunciado por Katz, que afirmou que cerca de 600 mil palestinos seriam transferidos para a nova cidade. No entanto, essa proposta gerou preocupações entre advogados militares e oficiais israelenses, que alertaram sobre a ilegalidade de coagir civis a se deslocar ou restringir sua liberdade de movimento. Eran Shamir-Borer, ex-chefe jurídico internacional das Forças Armadas israelenses, enfatizou que o plano levanta sérias questões jurídicas.
Conflito em Curso
Os combates continuam, com ataques israelenses resultando em pelo menos 18 mortes, incluindo 10 civis atingidos enquanto aguardavam ajuda em Rafah. A ONU informou que a maioria das mortes ocorreu perto de postos da Fundação Humanitária de Gaza, que enfrenta críticas por supostamente atender a interesses militares israelenses.
Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou otimismo quanto a um cessar-fogo em breve, prevendo uma trégua de 60 dias. Ele condicionou a negociação a um desarmamento do Hamas e à retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. O Hamas, por sua vez, exige garantias sobre a permanência do cessar-fogo e a presença de organizações internacionais na gestão da ajuda humanitária.
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