Israel constrói novo muro no Golã e intensifica pressão sobre a Síria

O presidente interino da Síria, Ahmed al Shara, acusou Israel de atacar a "unidade do povo" sírio e afirmou que a proteção da minoria drusa é uma prioridade para seu governo. A declaração ocorreu em meio a um aumento das tensões na região, especialmente após bombardeios israelenses em Sueida, onde a população drusa é predominante.

Nos últimos dias, Israel intensificou a construção de um muro em Majdal Shams, nos Altos do Golã, após confrontos que resultaram em mais de 500 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Al Shara criticou a ação israelense, alegando que ela visa desestabilizar a Síria e semear discórdia desde a queda do regime de Bachar al Asad.

Conflitos e Reações

A construção do muro em Majdal Shams, que já conta com painéis de concreto de quatro metros de altura, ocorre em um contexto de frequentes cruzamentos entre drusos de ambos os lados da fronteira. Moradores expressaram suas preocupações sobre a segurança e a utilidade da nova barreira. Malak, uma residente local, destacou que a segurança é a prioridade em Israel, enquanto Nadia, outra moradora, defendeu que o diálogo é a única solução viável.

O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, não comentou diretamente sobre o muro, mas afirmou que as ações militares recentes resultaram em um alto o fogo e na retirada das forças sírias para Damasco. Ele enfatizou que a segurança é alcançada por meio da força, não de súplicas.

Situação Atual

A situação continua tensa, com forças beduínas lançando novas ofensivas na região, sem o apoio do exército sírio. A construção do muro e os bombardeios recentes refletem a complexidade do conflito, que envolve não apenas a Síria, mas também as dinâmicas regionais com Líbano, Irã e outros países vizinhos. A minoria drusa, que vive em várias nações, incluindo Líbano e Jordânia, observa com apreensão os desdobramentos da situação.