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29 de jul 2025

Lampião é retratado de forma inusitada com O GLOBO em mãos

Foto de Lampião, tirada em 1936, revela a construção de sua imagem pública e sua relação com a imprensa da época.

Lampião posa com O GLOBO de 10 de setembro de 1935 (Foto: Benjamin Abrahão)

Lampião posa com O GLOBO de 10 de setembro de 1935 (Foto: Benjamin Abrahão)

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Recentemente, uma foto emblemática de Lampião, o Rei do Cangaço, foi revelada, tirada em 1936 pelo fotógrafo Benjamin Abrahão. A imagem, que mostra Lampião segurando um exemplar do GLOBO, simboliza a construção de sua imagem pública e sua relação com a imprensa da época.

A fotografia foi capturada em Sergipe, nas proximidades do Rio São Francisco, durante uma fase próspera do cangaceiro. O traje de couro ornamentado e o rifle em sua mão esquerda indicam seu status. O jornal na mão direita, datado de 10 de setembro de 1935, levanta questões sobre sua presença ali, já que a foto foi tirada meses depois. Robério Santos, do canal Cangaço na Literatura, destaca que a imagem não servia como prova de vida, mas sim como uma construção simbólica da marca de Lampião.

Abrahão, que chegou ao Nordeste como mascate e se tornou secretário do Padre Cícero, já havia se encontrado com Lampião em Juazeiro do Norte. Em 1934, após a morte do líder religioso, Abrahão decidiu documentar a vida do cangaceiro, financiado pela ABA Film. Ele passou meses no sertão, registrando momentos do cotidiano de Lampião e seu bando, incluindo cenas de lazer e devoção.

A relação entre Lampião e a imprensa é complexa. Abrahão, que já havia colaborado com o GLOBO, utilizou sua conexão para registrar a figura do bandoleiro. Frederico Pernambucano de Mello, especialista em cangaço, ressalta que Lampião compreendeu o poder da imagem na construção de sua narrativa, buscando desmistificar a imagem do bandido ignorante.

As fotos de Abrahão foram posteriormente apreendidas pelo governo Vargas em 1937, após a captura de Lampião, que se tornou uma questão de honra para as autoridades. O material, que inclui filmes e fotografias, foi considerado uma afronta e, após sua apreensão, a história de Lampião continuou a fascinar o Brasil, sendo recontada em diversas obras e produções cinematográficas.

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