01 de ago 2025
Países reavaliam suas estratégias e voltam a considerar armas nucleares
Ataques dos EUA ao Irã podem impulsionar corrida armamentista nuclear na Europa e Ásia, aumentando tensões globais e riscos de conflito

Pintura de bomba caindo sobre o símbolo de Israel em uma avenida de Teerã, capital do Irã. Ataques contra instalações nucleares iranianas podem levar regime a buscar arma nuclear (Foto: Atta Kenare/AFP)
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Os Estados Unidos intensificaram suas ações para conter a proliferação nuclear, especialmente em relação ao Irã, ao longo das últimas oito décadas. Recentemente, ataques a instalações nucleares iranianas podem ter reforçado a determinação do país em desenvolver armas nucleares, enquanto aliados como Polônia e Coreia do Sul consideram suas próprias capacidades nucleares.
Os ataques visavam impedir que o Irã se tornasse a décima potência nuclear do mundo. No entanto, especialistas alertam que essa ação pode ter o efeito oposto, levando o regime iraniano a acreditar que a aquisição de armas nucleares é essencial para sua sobrevivência. O aumento das ambições nucleares em outras nações também é uma preocupação crescente, com a possibilidade de que o número de Estados nucleares dobre nas próximas duas décadas.
O novo presidente do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, destacou os riscos da proliferação nuclear, afirmando que isso limita a capacidade dos EUA de gerenciar escaladas. A situação é ainda mais complexa com a crescente insegurança em relação aos compromissos dos EUA com seus aliados, o que pode levar países a reconsiderar suas posturas não nucleares.
Na Europa, a Polônia e outros países estão debatendo a necessidade de desenvolver arsenais nucleares, enquanto na Ásia, a Coreia do Sul e o Japão também avaliam suas opções diante das ameaças da Coreia do Norte e da China. A possibilidade de um Irã nuclear pode incentivar outros países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, a seguir o mesmo caminho.
A proliferação nuclear representa um risco significativo, pois cada novo arsenal aumenta as chances de uso acidental ou deliberado, além de potencializar tensões regionais. A história mostra que a busca por armas nucleares pode gerar mais proliferação, e a incerteza sobre a proteção dos EUA a seus aliados pode levar a uma corrida armamentista.
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