21 de mar 2024
Militares ganham força no governo Bolsonaro e revelam tendências autoritárias
Bolsonaro buscou apoio militar para um golpe após a derrota nas eleições de 2022, revelam novas informações do podcast "Autoritários".

O ex-presidente Jair Bolsonaro discursa em ato com apoiadores na avenida Paulista (Foto: Danilo Verpa - 25.fev.24/Folhapress)
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Na análise do podcast "Autoritários", revelações sobre Jair Bolsonaro indicam que, após sua derrota nas eleições de 2022, ele buscou apoio das Forças Armadas para um possível golpe. O ex-presidente teria realizado reuniões com comandantes militares e discutido minutas para a decretação de estado de sítio.
Durante o último debate presidencial em 28 de outubro de 2022, Bolsonaro usou um broche da Medalha do Pacificador, simbolizando sua relação com os militares. Essa medalha, concedida pelo Exército, é uma honraria rara, dada a militares que demonstraram bravura. Segundo o repórter da Folha, Cezar Feitoza, a condecoração foi um ato de comemoração do Exército pela vitória de Bolsonaro em 2018.
O podcast destaca que, após a eleição, Bolsonaro ficou em silêncio por 45 horas antes de se manifestar, mas estava ativo nos bastidores. Em novembro de 2022, ele recebeu uma minuta de golpe que previa a prisão de ministros do STF e a convocação de novas eleições. Essa minuta foi discutida em reuniões com os chefes das Forças Armadas, que, segundo depoimentos, rejeitaram as propostas golpistas.
A relação entre Bolsonaro e os militares foi marcada por uma crescente aproximação, com a presença de militares em seu governo e a participação ativa do Exército em questões políticas. Especialistas afirmam que essa dinâmica representa um risco para a democracia brasileira, uma vez que os militares têm um histórico de intervenções em crises políticas.
O ex-presidente é investigado por sua suposta participação em tentativas de golpe e por ações que minaram a confiança nas instituições democráticas. A CPMI que investiga os eventos de 8 de janeiro de 2023 indiciou Bolsonaro como autor intelectual dos ataques, destacando sua responsabilidade na desestabilização do Estado democrático de direito.
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