07 de fev 2025
Groenlândia planeja referendo de independência após eleição em meio a interesse de Trump
O partido Siumut planeja referendo sobre independência após eleições em 11 de março. Doris Jensen afirma que autonomia é essencial para negociar com os EUA. Pesquisa revela que 85% dos groenlandeses rejeitam proposta de anexação de Trump. Groenlândia possui reservas de 43 dos 50 minerais críticos para economia verde. A ilha depende de subsídios dinamarqueses, apesar de sua autonomia desde 1953.
Foto:Reprodução
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O partido Siumut, que atualmente governa a Groenlândia, anunciou na quinta-feira, 6 de fevereiro, a intenção de realizar um referendo de independência após as eleições gerais marcadas para 11 de março. A urgência da questão se intensificou com o interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em anexar o território, que possui crescente importância geopolítica devido ao aquecimento global. A Groenlândia, embora tenha uma administração autônoma, ainda é parte da Dinamarca.
Após as eleições, o Siumut pretende invocar um artigo de uma lei de 2009 que permite maior autonomia e o direito de negociar a independência total. A porta-voz do partido, Doris Jensen, afirmou que a Groenlândia precisa ser independente para participar de negociações com Washington. Em entrevista à emissora dinamarquesa DR, o líder do Siumut, Erik Jensen, expressou a expectativa de que a votação sobre a independência ocorra "dentro do próximo período eleitoral".
Uma pesquisa recente revelou que 85% dos groenlandeses se opõem à proposta de Trump, com quase metade considerando a ideia uma ameaça. Todos os partidos no parlamento se manifestaram contra a anexação. A Groenlândia, rica em recursos minerais, enfrenta desafios devido ao derretimento das camadas de gelo, que pode elevar o nível do mar em até 7 metros se o gelo derreter completamente.
Apesar de sua riqueza em recursos, a Groenlândia depende fortemente dos subsídios dinamarqueses. Jensen destacou que qualquer decisão sobre a independência deve ser tomada com plena consciência das consequências econômicas. O Siumut possui 10 assentos no parlamento, enquanto o partido Naleraq, o terceiro maior do país, também defende a ruptura imediata com a Dinamarca.
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