Raquel Lyra se filia ao PSD em evento festivo com ministros de Lula e mira 2026

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, filiou-se ao PSD na noite desta segunda-feira, em um evento festivo em Recife, com locutor, jingle e gritos de apoio ao número 55, da sigla. A ex-tucana, que deixou o PSDB após nove anos, mira as eleições de 2026, onde deve enfrentar o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Sua entrada no PSD, que integra a base aliada do governo federal, complica a situação para o governo caso decida apoiar Campos.

Durante a cerimônia, Raquel expressou gratidão ao PSDB e destacou que a nova aliança é "de propósito", enfatizando a defesa da democracia. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, elogiou Raquel como uma das mulheres mais proeminentes da política atual e anunciou que ela assumirá a presidência estadual do partido. A presença de ministros do governo Lula no evento reforçou a intenção de Raquel de estreitar laços com o Planalto.

A mudança de partido ocorre em um contexto de fragilidade do PSDB e oferece a Raquel acesso a recursos partidários que são estratégicos para sua reeleição. O PSD, com 42 deputados federais e a maior quantidade de prefeituras do país, proporcionará um tempo de televisão significativo, essencial para sua campanha contra Campos, que deve contar com uma forte coligação de esquerda. Kassab, no entanto, negou que a filiação tenha relação com uma aproximação a Lula, afirmando que Raquel busca um partido forte.

Além disso, a vice-governadora Priscila Krause se filiou ao PSDB, marcando um gesto político em meio a temores de rompimento entre Raquel e o partido. A relação entre Raquel e o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), é conturbada, o que pode influenciar a posição do partido nas próximas eleições. Kassab, ao lançar Raquel como candidata à reeleição e potencial nome para a presidência em 2030, destacou a importância de seu governo para o futuro político de Pernambuco.