17 de mar 2025
Código ético de España Mejor não recebe adesão de 400 entidades abordadas
Miriam González, advogada espanhola, fundou o movimento Espanha Melhor para promover ética. Código ético com 99 medidas foi enviado a 400 instituições, mas nenhuma assinou. Resistência política é evidente; muitos alegam já lidar com ética internamente. Pesquisa revela que 80% dos jovens se sentem desmotivados e desconfiados dos partidos. Propostas incluem autorregulação e transparência em nomeações e financiamentos públicos.
Foto:Reprodução
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Miriam González, uma renomada advogada espanhola, tem se surpreendido com a dificuldade de implementar seu movimento España Mejor, que visa promover a transparência e o bom governo na administração pública. Desde sua fundação, ela se reuniu com altos responsáveis políticos em diversas esferas, mas, apesar das boas intenções, nenhuma das 400 instituições contatadas assinou o código ético proposto, que inclui 99 medidas para melhorar a ética nas administrações.
Uma das principais propostas do código é que os políticos se comprometam a não mentir deliberadamente ao Parlamento, algo que, segundo González, deveria ser uma obviedade. Em comparação, no Reino Unido, existe um Código Ministerial que regula comportamentos suspeitos entre os mandatários. A advogada, que viveu muitos anos em Londres, busca agora criar um espaço para a sociedade civil na Espanha, mas enfrenta resistência e falta de compromisso por parte dos políticos.
As reuniões com autoridades, como o ministro de Exteriores, José Manuel Albares, resultaram em respostas evasivas, enquanto em outras regiões, como na Galícia, houve entusiasmo inicial que não se traduziu em ações concretas. O movimento propõe uma autorregulação da ética nas instituições, com normas de comportamento que já são comuns em empresas, mas que ainda não foram adotadas amplamente no setor público espanhol.
Além disso, uma pesquisa realizada com quase 11 mil jovens revelou um descontentamento generalizado com a política, com 80% pedindo mais canais de participação democrática e 72% afirmando que os políticos não se preocupam com suas necessidades. Esses dados ressaltam a urgência de iniciativas como a de González, que busca revitalizar a confiança na política e promover uma cultura de transparência.
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