Hugo Motta adia votação de anistia e prioriza pautas econômicas na Câmara

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, conseguiu adiar a votação da proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Desde que assumiu o cargo em fevereiro, Motta prometeu priorizar segurança pública e economia, mas a agenda legislativa tem sido dominada pela anistia.

Na última quinta-feira, 24, Motta convenceu a maioria dos líderes partidários a não acelerar a tramitação do projeto, que contava com o apoio de 262 deputados que pediram urgência. “Vamos continuar discutindo para que a Casa possa encontrar uma saída para esse tema”, afirmou Motta, ressaltando a importância do diálogo.

Além da anistia, Motta também tratou de outros assuntos, como a greve de fome do deputado Glauber Braga e a cassação de Chiquinho Brazão. O presidente da Câmara planeja focar em pautas econômicas, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e segurança pública.

A proposta de anistia, no entanto, não é vista como prioridade pela população, segundo Motta. Ele destacou que o tema é considerado uma questão da “bolha política” e que as ruas não estão preocupadas com isso. A oposição, por sua vez, ameaça obstruir os trabalhos se a anistia não for discutida.

Motta também fez acordos para resolver a situação de Glauber Braga, que havia iniciado uma greve de fome após a recomendação de cassação de seu mandato. O deputado, que se tornou alvo de críticas, pode enfrentar a perda do cargo se não conseguir reverter a decisão no plenário.

A estratégia de Motta visa estabilizar a Câmara e direcionar esforços para questões que realmente importam ao país, como a economia e a segurança pública. A pressão política sobre a anistia, no entanto, continua, e o futuro da proposta permanece incerto.