Disputa em Pernambuco esquenta com divulgação de 'pesquisa fake' entre candidatos

Uma pesquisa falsa que indicava um empate técnico entre a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), gerou confusão na política local. O levantamento, atribuído ao Seta Instituto, foi desmentido pela própria instituição, que não realizou a sondagem. A situação acendeu um alerta no entorno de Campos, que, até o momento, não percebeu impactos significativos na sua popularidade.

A pesquisa fake, que circulou amplamente, mostrava Campos com 40% e Lyra com 38%. Em contraste, um levantamento do Real Time, divulgado em abril, apontava Campos com 66% das intenções de voto, enquanto Lyra tinha apenas 22%. A divulgação da pesquisa falsa provocou reações rápidas entre os aliados de Campos, que atribuíram o episódio a um desespero dos apoiadores de Lyra, que enfrenta dificuldades nas pesquisas.

Contexto Político

A governadora Raquel Lyra, que recentemente se desfiliou do PSDB para se juntar ao PSD, busca reposicionar sua candidatura para as eleições de 2026. A mudança de partido visa aproximá-la do governo Lula e criar um palanque duplo no estado, em um cenário onde Campos é visto como o favorito. Em 2022, Lula já havia contado com um palanque duplo em Pernambuco, mas a neutralidade de Lyra na disputa nacional pode complicar sua estratégia.

O Seta Instituto, após o episódio da pesquisa falsa, divulgou uma nota negando qualquer envolvimento. Apesar do tom irônico, a equipe de Campos iniciou uma operação de gestão de crise para avaliar os possíveis efeitos da divulgação dos números falsos. Até agora, não foram detectadas mudanças significativas na aprovação do prefeito, que é conhecido por sua popularidade nas redes sociais.

A polarização política em Pernambuco tende a aumentar, especialmente com a proximidade das eleições. A disputa entre Campos e Lyra promete ser acirrada, e episódios como o da pesquisa fake indicam que a batalha pelo apoio do eleitorado será intensa.