24 de mai 2025
Comandante da Marinha afirma que antecessor quebrou tradição ao não participar de cerimônia
Comandante da Marinha depõe ao STF e nega apoio a golpe; ausência de Almir Garnier na posse de Lula quebra tradição militar.
Foto:Reprodução
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O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, depôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23), afirmando que seu antecessor, Almir Garnier, quebrou a liturgia ao não comparecer à cerimônia de transferência de cargo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Garnier é acusado de apoiar um plano golpista.
Olsen, que prestou depoimento como testemunha da defesa de Garnier, negou que houvesse qualquer orientação para dificultar a posse de Lula. Ele destacou a ausência de Garnier na cerimônia, afirmando que não há registro de tal falta em ocasiões anteriores. O ministro Alexandre de Moraes enfatizou a importância da tradição militar, que inclui a continência ao presidente da República.
Garnier, que não se reuniu com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, durante a transição, expressou descontentamento com a vitória de Lula e decidiu não participar da solenidade. Ele foi o único comandante a não se encontrar com Mucio, que tentou se reunir com ele sem sucesso.
Depoimento e Acusações
Durante o depoimento, Olsen foi questionado sobre se recebeu ordens para dificultar a posse de Lula ou para um golpe de Estado. Ele negou qualquer instrução nesse sentido, afirmando que não houve movimentação de tropas para tal fim. A defesa de Garnier argumentou que o depoimento de Olsen era crucial para esclarecer os fatos relacionados ao processo.
O atual comandante, que ocupava o cargo de Comandante de Operações Navais antes de assumir a Marinha, foi convocado para depor após a defesa de Garnier insistir na importância de seu testemunho. Moraes determinou que Olsen comparecesse à audiência, apesar de seu pedido de dispensa.
Olen, que enfrentou uma crise interna após a divulgação de um vídeo em homenagem ao Dia do Marinheiro, que desagradou o presidente Lula, permanece no cargo sob a supervisão de Mucio, que optou por administrar a situação internamente.
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