Nikolas Ferreira defende suspensão de vistos para críticos de Trump nos EUA

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) enfrenta críticas nas redes sociais após apoiar a suspensão de vistos para estudantes que criticam o governo Trump. A medida foi anunciada na terça-feira, 27, e determina que embaixadas e consulados dos Estados Unidos suspendam novas entrevistas para concessão de vistos enquanto avaliam a triagem de redes sociais de estrangeiros.

Em publicações no X (antigo Twitter), Ferreira defendeu que os Estados Unidos têm o direito de estabelecer critérios de entrada, incluindo a avaliação das opiniões expressas nas redes sociais. Ele afirmou que “o perfil do solicitante” pode ser considerado na concessão de vistos. Em outra postagem, o deputado contradisse sua defesa da liberdade de expressão, afirmando que os critérios de entrada em um país “nada têm a ver com liberdade de expressão”.

Durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Ferreira reiterou sua posição, sugerindo que estudantes que criticam Trump deveriam “tentar estudar em Cuba”. Ele declarou que aqueles que falam mal dos Estados Unidos não deveriam ter visto autorizado para estudar no país.

Reações e Críticas

O posicionamento de Nikolas Ferreira gerou reações negativas, especialmente por sua defesa da liberdade de expressão. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, criticou a contradição do deputado, afirmando que ele e seus aliados defendem apenas a “liberdade para cometer crimes e saírem impunes”.

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), conterrânea de Ferreira, também se manifestou, chamando sua opinião de hipocrisia. “Quem realmente defende a liberdade, defende para todos, mesmo quando há crítica ao governo”, escreveu.

Nas redes sociais, seguidores do deputado expressaram descontentamento, apontando incoerência em sua defesa da liberdade de expressão e acusando-o de apoiar a censura. Um usuário questionou: “E agora tem que amar o governo para poder estudar?”.