07 de jul 2025
Lula busca apoio no Congresso após desafios com o IOF e propostas de isenção tributária
Lula enfrenta votações decisivas no Congresso, incluindo a PEC da Segurança Pública e isenção do Imposto de Renda, em busca de recuperação popular.

O presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante entrega da PEC da Segurança Pública no Palácio do Planalto, em abril (Foto: Pedro Ladeira - 23.abr.25/Folhapress)
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O presidente Lula (PT) enfrenta novos desafios no Congresso nesta semana, após a derrubada dos decretos que alteraram as alíquotas do IOF. As votações da PEC da Segurança Pública e do projeto de isenção do Imposto de Renda são cruciais para sua recuperação de popularidade.
Na Câmara, a PEC da Segurança, que deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), será votada na quarta-feira (9). O relator, Mendonça Filho (União Brasil-PE), se reunirá com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir um texto que busca consenso. A expectativa é que a votação não seja adiada, apesar das tensões entre o governo e o Legislativo.
Motta foi informado sobre a inclusão do parecer na pauta e já deu seu aval. O tema da segurança pública é considerado prioritário, e tanto Mendonça quanto Paulo Azi (União Brasil-BA) acreditam que a aprovação do texto é essencial. No entanto, a oposição pode dificultar a aprovação, uma vez que o relator sinalizou que fará alterações no projeto.
Projetos em Análise
Além da PEC, o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais também será discutido. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto, deve apresentar seu parecer nesta semana. A isenção e as medidas de compensação são vistas como fundamentais para a recuperação da popularidade de Lula.
A relação entre o governo e o Congresso se deteriorou, resultando em derrotas consecutivas para o Executivo. A derrubada do decreto do IOF e a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS são exemplos dessa crise de articulação. A possibilidade de não se votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes do recesso é um indicativo da fragilidade dessa relação.
Governistas tentam explorar o conflito com o Congresso, utilizando redes sociais para reforçar a narrativa de uma luta entre pobres e ricos. O discurso gira em torno da "taxação BBB", que visa bilionários, bancos e grandes interesses financeiros. Apesar de ter vencido as eleições de 2022, Lula enfrenta um Congresso dominado por partidos de centro e direita, que frequentemente impõem derrotas ao governo.


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