08 de jul 2025
Tribunal dos EUA reverte decisões em caso de corrupção no futebol mundial
Tribunal dos Estados Unidos reafirma condenações de Hernán López e Full Play Group por subornos no caso Fifagate, intensificando combate à corrupção no futebol.

Hernan Lopez, ex-executivo de uma emissora de TV, foi condenado sob acusação de pagar propina para garantir direitos de transmissão de torneios de futebol (Foto: Brendan McDermid - 2.mar.23/Reuters)
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Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos restabeleceu, em 2 de julho, as condenações de Hernán López, ex-funcionário da Fox, e da Full Play Group, uma empresa de marketing argentina. Ambos foram condenados por pagarem milhões em subornos para garantir direitos de transmissão de torneios de futebol, em um desdobramento do caso de corrupção conhecido como Fifagate.
A decisão do Tribunal de Apelações do 2º Circuito reverteu uma anulação anterior feita pela juíza Pamela K. Chen, que havia considerado que o estatuto de fraude de serviços não se aplicava a subornos estrangeiros. O painel de juízes argumentou que a juíza errou ao anular as condenações, fortalecendo a luta do Departamento de Justiça contra a corrupção no futebol internacional.
Os promotores acusaram López de conspirar para garantir os direitos de dois torneios sul-americanos, utilizando pagamentos secretos a presidentes de federações de futebol. Além disso, ele teria ajudado a Fox a superar a ESPN na aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2018 e 2022, através de subornos. A Fox, por sua vez, nega qualquer irregularidade.
Desdobramentos do Caso
Desde o início das investigações em 2010, mais de duas dezenas de pessoas e organizações se declararam culpadas ou foram condenadas por corrupção. O caso, que começou com prisões de dirigentes na Suíça, abalou a Fifa, levando a uma série de renúncias e acusações contra líderes da entidade.
López e a Full Play foram indiciados em 2020, e após um julgamento de sete semanas, foram condenados por conspiração de lavagem de dinheiro e fraude de serviços. A decisão de reverter a anulação das condenações representa um golpe para os réus e para outros que esperavam anular suas confissões de culpa.
Advogados de réus, como Eduardo Li, ex-presidente da federação da Costa Rica, argumentam que o suborno é visto em muitos países latino-americanos como um custo de negócios. As apelações de Li e outros réus estão suspensas enquanto aguardam os recursos. Entre eles estão Juan Ángel Napout e José Maria Marin, ambos já condenados e que buscam a anulação de suas penas.
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