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11 de jul 2025

Julgamento do Marco Civil da Internet redefine limites entre algoritmo e democracia

STF decide sobre Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que pode permitir remoção de conteúdos sem ordem judicial, gerando preocupações sobre censura.

Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a decidir sobre o Artigo 19 do Marco Civil da Internet, uma medida que pode impactar a liberdade de expressão no Brasil. O julgamento pode permitir a remoção de conteúdos por plataformas digitais sem a necessidade de uma decisão judicial, levantando preocupações sobre censura e a proteção de direitos fundamentais.

Esse artigo atualmente exige que a remoção de conteúdos publicados por terceiros seja precedida de uma ordem judicial. A mudança proposta pode levar as plataformas a apagar conteúdos controversos apenas com notificações, criando um ambiente de autocensura. Especialistas alertam que isso pode resultar na eliminação de críticas e manifestações políticas, comprometendo o debate público.

Contexto e Implicações

A discussão no STF ocorre em um cenário onde a manipulação digital foi um tema central nas eleições de 2022. A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve um papel ativo ao estabelecer normativas emergenciais para combater a desinformação. Contudo, a atuação do Judiciário não deve substituir a função do Legislativo, que ainda precisa atualizar as leis sobre o tema.

Recentemente, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou a instalação de uma Comissão Especial para a Regulamentação da Inteligência Artificial e uma frente contra a censura nas redes. Essas iniciativas visam garantir que a liberdade de expressão seja preservada enquanto se busca uma regulação eficaz das plataformas digitais.

Desafios da Tecnologia

A evolução da tecnologia, especialmente da inteligência artificial, traz novos desafios. A IA generativa já é capaz de criar conteúdos falsos com alta precisão, enquanto a IA preditiva influencia comportamentos e opiniões. Essa situação levanta questões sobre a engenharia de consciência e o controle da informação, que podem ameaçar a democracia.

O que está em jogo não é apenas uma cláusula legal, mas o futuro do contraditório democrático. O STF precisa agir com responsabilidade, mas sua atuação será limitada se o Legislativo continuar inativo. As plataformas também devem se comprometer com a transparência e a responsabilidade, abandonando a ideia de neutralidade algorítmica. O momento é crítico e exige uma resposta rápida e eficaz para proteger a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

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