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11 de jul 2025

PMs envolvidos na morte de jovem em Paraisópolis atuavam sem câmeras corporais

Policiais são presos por morte em Paraisópolis; comunidade protesta e questiona uso de câmeras corporais pela PM.

Igor Oliveira de Morais Santos foi morto por dois PMs durante operação em Paraisópolis (Foto: Reprodução)

Igor Oliveira de Morais Santos foi morto por dois PMs durante operação em Paraisópolis (Foto: Reprodução)

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Dois policiais militares foram presos pela morte de Igor Santos, de 24 anos, em Paraisópolis, ocorrida na tarde de ontem. A prisão se deu após a constatação de que os agentes não estavam utilizando câmeras corporais, equipamento obrigatório em operações nas comunidades. O Ministério Público classificou o caso como uma "execução".

Os policiais Renato Torquatto da Cruz, de 39 anos, e Robson Noguchi de Lima, de 33, foram detidos após a ação que resultou na morte de Igor. O boletim de ocorrência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelou que, entre os sete militares envolvidos, apenas dois estavam com as câmeras ativadas. As imagens gravadas por esses policiais foram analisadas pela Promotoria, que indicou que a dinâmica da ocorrência evidenciou a execução.

Igor foi baleado enquanto estava rendido, com as mãos na cabeça, após supostamente ter fugido de uma abordagem policial. A PM alegou que o jovem carregava drogas e armas, mas não havia antecedentes criminais relevantes. O porta-voz da PM, coronel Emerson Massera, afirmou que "não havia nada que justificasse o disparo" e que a ação foi ilegal.

Após o incidente, moradores de Paraisópolis realizaram protestos, bloqueando ruas e interrompendo o trânsito. Durante os confrontos, um homem de 29 anos foi morto e um sargento da Rota ficou ferido, sendo hospitalizado em estado estável. A Secretaria de Segurança Pública informou que o policiamento na região foi reforçado.

A questão do uso de câmeras corporais pela PM de São Paulo tem gerado controvérsias. Embora o uso seja obrigatório em operações de grande porte e em comunidades vulneráveis, o governo estadual está considerando um novo modelo em que a gravação será acionada pelos próprios policiais ou pela Central de Operações. Essa mudança foi acordada com a Defensoria Pública, que anteriormente se opunha ao sistema atual de gravação ininterrupta.

Enquanto isso, um projeto de lei no Congresso busca proibir o uso das imagens como provas contra policiais, alegando que ninguém deve ser obrigado a produzir provas contra si mesmo.

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