11 de jul 2025
TCU investiga viagem de Eduardo Bolsonaro por suspeitas de irregularidades
Eduardo Bolsonaro é investigado por irregularidades em financiamento público e falta de justificativas durante estadia nos EUA.

Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) discursa na Cpac, conferência conservadora, nos Estados Unidos (Foto: Saul Loeb - 20.fev.25/AFP)
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A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de irregularidade no financiamento público do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante sua permanência nos Estados Unidos. O parecer, enviado na última sexta-feira, 11, recomenda que a Câmara dos Deputados investigue a situação, após solicitação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).
O TCU analisou as ausências de Eduardo em sessões deliberativas e constatou que ele não justificou quatro de suas cinco faltas. O relatório de presença da Câmara indica que o parlamentar recebeu R$ 2 milhões de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para se manter no exterior. O valor foi descontado das doações da campanha presidencial de 2022. Eduardo não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre o caso.
Contexto da Investigação
Boulos argumentou que Eduardo estaria realizando articulações políticas que poderiam comprometer a soberania nacional, configurando crime segundo o Código Penal. O TCU, no entanto, não possui competência para julgar questões penais, mas recomendou que a Câmara apure as irregularidades, que não atingiram o mínimo de R$ 120 mil para abertura de investigação formal.
Além disso, a viagem de Eduardo é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que investiga sua suposta atuação contra autoridades brasileiras no exterior. Em depoimento à Polícia Federal, Eduardo afirmou que seu pai enviou o dinheiro para evitar dificuldades financeiras durante sua estadia nos EUA.
Desdobramentos e Reações
O TCU também considerou que houve um único pedido de reembolso de passagem aérea internacional, no valor de R$ 8.180, por meio da cota parlamentar. A diretoria do tribunal discordou de uma avaliação anterior que considerava o pedido irrelevante. O caso segue em análise, enquanto a Câmara deve decidir sobre as recomendações do TCU.
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