13 de jul 2025
Emendas parlamentares comprometem a integridade do Orçamento público
Investigações da Polícia Federal expõem esquema de desvio de emendas parlamentares, com mandados contra deputados e suspeitas de manipulação eleitoral.

O Congresso Nacional (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Emendas parlamentares comprometem a integridade do Orçamento público
Ouvir a notícia
Emendas parlamentares comprometem a integridade do Orçamento público - Emendas parlamentares comprometem a integridade do Orçamento público
Recentes investigações da Polícia Federal (PF) revelaram um esquema de desvio de emendas parlamentares, com mandados de busca e apreensão contra deputados. As emendas, que saltaram de R$ 18,5 bilhões em 2019 para R$ 50,4 bilhões em 2025, geram preocupações sobre corrupção e manipulação eleitoral.
Cerca de 80 inquéritos estão em andamento, sob a supervisão de nove ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações indicam que os parlamentares estão utilizando recursos públicos para financiar campanhas eleitorais de forma irregular. O deputado Júnior Mano (PSB-CE) é um dos alvos, suspeito de direcionar verbas para prefeituras de aliados em licitações fraudulentas.
As provas coletadas pela PF incluem menções a outros deputados, como José Guimarães (PT-CE) e Eunício Oliveira (MDB-CE). A investigação abrange uma rede pluripartidária, evidenciando a gravidade do problema. O ministro Gilmar Mendes, do STF, autorizou as ações da PF a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Aumento das Emendas e Suspeitas de Corrupção
O crescimento das emendas parlamentares, que representavam menos de 1% da Receita Líquida da União em 2015, agora alcançam cerca de 2,5%. Essa expansão, além de distorcer a alocação de recursos, favorece localidades com melhores relações no Congresso, em detrimento das que realmente necessitam.
Outros deputados também enfrentam acusações. O deputado Juscelino Filho (União-MA) deixou o Ministério das Comunicações após denúncias de desvio de emendas. Félix Mendonça (PDT-BA) é investigado por cobrar propina para liberar verbas, enquanto Afonso Motta (PDT-RS) é acusado de exigir comissões sobre recursos destinados a hospitais.
As investigações em curso revelam um cenário alarmante, onde o abuso das emendas parlamentares compromete a integridade do orçamento público e a qualidade da democracia.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.