14 de jul 2025
Imigrantes brasileiros nos EUA enfrentam xenofobia e revelam desilusão dos filhos
Pais de alunos se mobilizam em Nova York após presença de agentes de imigração perto de escola, gerando clima de medo e incerteza na comunidade.

Brasileiros vivem armadilha migratória nos EUA desde que Donald Trump tomou posse em seu segundo mandato (Foto: Arte/O GLOBO)
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Recentemente, a comunidade de imigrantes em Nova York se mobilizou após a presença de agentes de imigração nas proximidades de uma escola pública. O episódio gerou preocupação entre os pais, que temem pela segurança de seus filhos e pela possível detenção de familiares.
No fim de maio, um alerta no grupo de pais da escola, localizada em um bairro com forte presença de imigrantes, indicou que oficiais da imigração estavam nas redondezas. A escola atende crianças de 4 a 11 anos e, com a gentrificação, a demografia do local mudou, incluindo famílias de diversas origens. A tensão aumentou com a ascensão de políticas de imigração mais rigorosas desde a volta de Donald Trump à presidência.
Os pais, preocupados, se reuniram na porta da escola para proteger as crianças. Muitos não conseguem buscar seus filhos diariamente, e a possibilidade de ver agentes de imigração na saída gerou um clima de medo. A situação se agravou com relatos de detenções de imigrantes, incluindo brasileiros, em áreas próximas.
Durante a saída, a presença de pais foi maior do que o habitual, refletindo a ansiedade coletiva. Um pai informou que os agentes estavam se afastando, mas a incerteza persistiu. Conversas sobre o que fazer em caso de uma detenção foram inevitáveis, e os pais se sentiram impotentes diante da possibilidade de seus filhos testemunharem cenas de violência.
Em casa, uma mãe explicou ao filho sobre a agência de imigração, ressaltando que muitos vizinhos, mesmo sem cidadania, contribuem para a comunidade. A conversa abordou a realidade de que algumas famílias podem desaparecer repentinamente, um tema que agora permeia a vida cotidiana na cidade.
A mobilização dos pais na escola não apenas demonstrou solidariedade, mas também a necessidade de discutir abertamente os desafios enfrentados pela comunidade imigrante. O medo se tornou parte da rotina, mas a união entre os moradores se fortaleceu, criando um espaço de apoio e conscientização em meio à incerteza.
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