16 de jul 2025
Lula veta ampliação do número de deputados e reafirma compromisso com interesse público
Lula veta aumento de deputados e evita impacto financeiro de R$ 64,6 milhões. Congresso terá até 1º de outubro para decidir sobre o veto.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Gabriela Biló - 09.jul.25/Folhapress)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei que aumentaria o número de deputados federais de 513 para 531. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (16), foi motivada por preocupações com a inconstitucionalidade e o impacto financeiro da medida, que poderia gerar um custo adicional de R$ 64,6 milhões anuais.
O projeto, aprovado pelo Congresso em junho, visava corrigir desproporções de representatividade entre os estados, conforme uma determinação do Supremo Tribunal Federal. No entanto, Lula, apoiado por recomendações do Ministério da Fazenda, argumentou que a ampliação das cadeiras não era viável em um contexto de austeridade fiscal e pressão econômica.
Justificativas do Veto
A decisão de vetar foi respaldada por uma pesquisa da Quaest, que revelou que 85% da população se opõe ao aumento do número de deputados. Apenas 9% dos entrevistados apoiaram a proposta. Além disso, o governo destacou que a ampliação poderia gerar um efeito cascata, impactando os orçamentos de assembleias estaduais e câmaras municipais.
Interlocutores do Palácio do Planalto indicaram que o veto pode gerar atritos com o Legislativo, especialmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta, que foi um dos principais defensores do projeto. A expectativa é que o Congresso tenha até 1º de outubro para decidir sobre a manutenção ou derrubada do veto.
Cenário Político
A relação entre o Executivo e o Legislativo já está tensa, especialmente após a recente judicialização de disputas sobre o IOF. A manutenção do veto pode isolar politicamente Motta e reforçar a imagem do governo em busca de responsabilidade fiscal. A proposta de aumento de deputados, apesar de aprovada na Câmara com 361 votos favoráveis, enfrenta resistência no Senado, onde a reversão do veto é considerada difícil.
Com o veto, o Congresso deve se reunir em sessões separadas para avaliar a decisão de Lula. A análise da proposta e suas implicações financeiras continua a ser um tema central no debate político atual, refletindo a complexidade das relações entre os poderes.




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