17 de jul 2025
EUA incinerarão 500 toneladas de alimentos destinados a crianças carentes
Estados Unidos incineram alimentos para 27 mil crianças desnutridas após cortes na ajuda internacional, gerando indignação no Senado.

Tributos foram colocados na porta da sede da Usaid após cortes na agência pela gestão de Donald Trump (Foto: Mandel NGAN / AFP)
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O governo dos Estados Unidos enfrenta uma crise humanitária após a decisão de incinerar toneladas de alimentos destinados a 27 mil crianças desnutridas no Paquistão e Afeganistão. A medida ocorre em meio a cortes drásticos na ajuda internacional, impulsionados pela administração Trump, que resultaram no fechamento da USAID, agora incorporada ao Departamento de Estado.
Na quarta-feira, 16 de outubro, a imprensa revelou que os alimentos, que estavam armazenados em Dubai, expiraram e não foram redistribuídos. No dia seguinte, o Senado aprovou um projeto de lei que permitirá ao governo evitar gastos de US$ 9 bilhões em ajuda internacional. O chefe de administração do Departamento de Estado, Michael Rigas, admitiu, em audiência, que a destruição dos alimentos é uma consequência direta do fechamento da USAID.
Senadores expressaram indignação com a situação. O democrata Tim Kaine questionou Rigas sobre a falta de ação para distribuir os alimentos antes que expirassem. Rigas, sem uma resposta satisfatória, reconheceu a gravidade da situação e prometeu investigar o caso. A decisão de incinerar os alimentos gerou críticas, especialmente considerando que 500 toneladas de ajuda alimentar foram compradas por US$ 800 mil no final do governo Biden, e agora custarão US$ 130 mil para serem destruídas.
A votação do projeto de lei no Senado foi apertada, com 51 votos a favor e 48 contra, refletindo a divisão política. O fechamento da USAID, que durou mais de seis décadas, foi parte de uma estratégia orçamentária do governo Trump, que alegou que a agência não atendia aos interesses dos EUA. A situação levanta preocupações sobre o futuro da ajuda humanitária e a responsabilidade do governo em atender às necessidades das populações vulneráveis.
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