17 de jul 2025
Evolução dos drones na guerra revela desafios para as forças armadas dos EUA
Pentágono intensifica investimentos em defesa contra drones após ataque mortal na Jordânia, destacando vulnerabilidades nas forças americanas.

Um piloto de drone ucraniano na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, em abril de 2025: a Ucrânia modificou drones fabricados pela China para uso militar contra os russos (Foto: Tyler Hicks/The New York Times)
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O Pentágono está aumentando os investimentos em tecnologias de defesa contra drones, após um ataque que resultou na morte de três reservistas do Exército dos EUA na Jordânia, em janeiro de 2024. Este ataque, realizado por milícias apoiadas pelo Irã, expôs vulnerabilidades nas defesas militares americanas.
Nos últimos meses, as Forças Armadas dos EUA identificaram uma crescente ameaça, especialmente após os ataques de Israel e Ucrânia utilizando drones contrabandeados. A eficácia desses ataques, como a Operação “Teia de Aranha”, que destruiu bombardeiros russos, demonstra que a ameaça não se limita ao exterior, mas também pode atingir o território americano.
Novas Tecnologias em Foco
As empresas de defesa americanas estão desenvolvendo novas tecnologias para interceptar drones. O programa “Domo Dourado” do Pentágono, que visa fortalecer a defesa antimísseis, pode incluir também sistemas de defesa contra drones. Entre as inovações, destacam-se as tecnologias de energia direcionada, como micro-ondas de alta potência, que podem neutralizar enxames de drones simultaneamente.
O diretor executivo da Epirus, Andy Lowery, alertou que a guerra de drones entre Rússia e Ucrânia evolui rapidamente e deve servir como um alerta para os EUA. Ele enfatizou que a adaptação dos ucranianos às novas tecnologias é impressionante e que os EUA devem se preparar para uma guerra de guerrilha com máquinas.
A Resposta do Pentágono
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, reconheceu a nova ameaça representada por drones baratos e descartáveis, que podem ser facilmente adquiridos. Em resposta, o Pentágono criou uma nova organização liderada pelo Exército para lidar com a guerra de drones, inspirada em uma agência anterior que combateu dispositivos explosivos improvisados no Oriente Médio.
Embora o Pentágono afirme estar fazendo melhorias nas defesas, críticos apontam que as tecnologias atuais são inadequadas para lidar com a evolução rápida das ameaças. A Anduril, que fornece sistemas de combate a drones, combina métodos de detecção e neutralização, destacando a necessidade de uma defesa robusta e adaptável.
A crescente utilização de drones por adversários, como as milícias iranianas em várias regiões, reforça a urgência de uma resposta eficaz. O cenário atual exige que os EUA não apenas atualizem suas defesas, mas também adotem novas tecnologias de forma mais ágil para enfrentar essa nova realidade no campo de batalha.
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