17 de jul 2025
Lula critica carta de Trump e reafirma autonomia do Brasil sobre o Pix
Lula critica tarifas de Trump e reafirma a defesa do sistema de pagamentos Pix, destacando a soberania do Brasil em meio à tensão diplomática.

Presidente Lula participa da Cerimônia de abertura do 60º CONUNE – Congresso da União Nacional dos Estudantes em Goiânia (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a carta enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em um discurso realizado em Juazeiro, na Bahia, Lula chamou a mensagem de "desaforada" e insinuou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro teria viajado aos EUA para persuadir Trump a apoiar um golpe no Brasil.
Lula afirmou que a carta de Trump é uma retaliação à perseguição que o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta no Brasil. "Se não soltar Bolsonaro, se não parar de perseguir ele, dia 1º de agosto vou taxar o Brasil em 50%", declarou. O presidente também defendeu o sistema de pagamentos Pix, que considera um patrimônio nacional, e criticou a investigação aberta pelos EUA sobre o sistema, afirmando que o Pix pode ameaçar o uso de cartões de crédito.
Defesa da Soberania
O governo brasileiro manifestou sua indignação em uma carta oficial enviada aos EUA, reiterando a disposição para diálogo. Lula destacou que o Brasil não aceitará imposições externas e que o sistema de pagamentos é uma inovação que deve ser protegida. "O Pix é do Brasil. Não aceitaremos ataques a esse patrimônio", enfatizou.
Além disso, Lula anunciou a criação de um grupo de trabalho para dialogar com empresários brasileiros e americanos, visando uma resposta à sobretaxa. Ele mencionou que o governo brasileiro já havia enviado uma proposta de negociação em maio, mas não obteve resposta. "Quando chegar 1º de agosto, vamos dar uma resposta", afirmou.
Implicações Políticas
O presidente também abordou a situação de Jair Bolsonaro, afirmando que ele será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, se condenado, irá para a prisão. Lula destacou que a lei deve ser aplicada igualmente a todos, sem privilégios. "Quem vai condenar o Bolsonaro não é presidente da república, é a suprema corte brasileira", disse.
A tensão entre Brasil e Estados Unidos se intensifica, enquanto Lula busca fortalecer a soberania nacional e garantir que a legislação brasileira seja respeitada. O governo brasileiro continua a trabalhar em soluções diplomáticas para evitar a implementação das tarifas e promover um comércio mais justo entre os dois países.




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