Lula empata com Tarcísio e se distancia de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17), revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estão em empate técnico para o segundo turno da eleição presidencial de 2026, com 41% e 37% das intenções de voto, respectivamente. A margem de erro é de dois pontos percentuais, o que caracteriza a proximidade entre os candidatos.

Os dados mostram que Lula ampliou sua vantagem em relação a outros adversários, como Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro (PL). O atual presidente tem 43% contra 37% de Bolsonaro, que permanece inelegível até 2030. Em relação a Michelle, Lula lidera com 43% a 36%. A pesquisa também indica que a rejeição à candidatura de Lula caiu de 66% para 58%, enquanto o apoio aumentou de 32% para 38%.

Impacto da Crise do Tarifaço

A pesquisa foi realizada após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump, o que influenciou a percepção do eleitorado. A maioria dos brasileiros considera um erro a imposição de tarifas e 53% apoiam a reação de Lula. Tarcísio, que inicialmente defendeu Trump, agora busca soluções para mitigar os impactos da medida.

Nos cenários de primeiro turno, Lula se destaca com 32% das intenções de voto, superando Bolsonaro, que aparece com 26%. Outros candidatos, como Ciro Gomes (PDT) e Ratinho Júnior (PSD), têm 8% e 6%, respectivamente. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho, com uma amostra de 2.004 entrevistados e um nível de confiança de 95%.

Cenários de Votação

Além de Tarcísio, Lula também se sairia vitorioso em disputas contra outros possíveis candidatos. Ele tem 41% contra 36% de Ratinho e 42% contra 33% de Ronaldo Caiado (União Brasil). A pesquisa aponta que 62% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro deveria apoiar outro candidato da direita, com Tarcísio sendo a escolha de 15%.

A pesquisa revela um cenário eleitoral em transformação, com Lula recuperando apoio e se consolidando como favorito nas próximas eleições. A mudança na rejeição e o aumento do apoio refletem uma nova dinâmica política no Brasil.