PF solicita medidas contra Bolsonaro após aumento de tarifas de Trump

Jair Bolsonaro enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, com investigações sobre obstrução de Justiça e coação. A situação se intensificou após a Polícia Federal cumprir mandados na residência do ex-presidente e recolher seu celular. O STF impôs medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, devido ao risco de fuga.

A representação da Polícia Federal contra Bolsonaro foi protocolada em 11 de julho, dois dias após Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela relatoria do caso, determinou as medidas após a PF apresentar indícios de que o ex-presidente cometeu crimes relacionados à obstrução da Justiça e à coação no curso do processo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou as ações.

Contexto Internacional

A situação ganhou repercussão internacional, especialmente após Trump criticar o Judiciário brasileiro. O presidente dos EUA descreveu o julgamento de Bolsonaro como uma "vergonha internacional" e uma "caça às bruxas". Essa declaração ocorreu logo após a imposição das novas medidas restritivas, aumentando as tensões entre os dois países.

A defesa de Bolsonaro expressou indignação com as medidas, classificando-as como severas. As investigações em curso podem ter desdobramentos significativos, tanto no cenário político brasileiro quanto nas relações internacionais. O ex-presidente é réu em um processo que pode resultar em uma condenação de até 40 anos de prisão.

Desdobramentos Futuros

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos fazendo lobby para reverter possíveis sanções contra seu pai. A estratégia busca influenciar a percepção internacional sobre o processo judicial em andamento. Com as novas medidas, Bolsonaro estará sob monitoramento judicial contínuo, refletindo a gravidade da situação que enfrenta.