18 de jul 2025
Retaliação pode impactar comércio e consumidores no Brasil, alerta governo Lula
Governo Lula busca negociações com os EUA para evitar impactos negativos das tarifas de Donald Trump sobre a economia brasileira.

Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante reunião com empresários sobre tarifas de Trump (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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O Brasil está enfrentando um novo capítulo nas suas relações comerciais com os Estados Unidos, após a imposição de tarifas pelo presidente americano, Donald Trump. Em resposta, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva publicou um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica, visando retaliações, mas priorizando negociações para evitar danos aos consumidores e importadores brasileiros.
O decreto, que foi elaborado em meio a tensões comerciais, foi assinado em 15 de agosto, após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) alertou que as contramedidas podem impactar não apenas os Estados Unidos, mas também parceiros comerciais do Brasil, além de afetar o setor produtivo e os consumidores locais.
Negociações em Foco
O vice-presidente Geraldo Alckmin tem enfatizado a importância de buscar um entendimento com os EUA antes da implementação das tarifas. Ele destacou que o Brasil é um dos poucos países com os quais os Estados Unidos mantêm um superávit comercial significativo. "Se cai o comércio, eles vão perder um dos poucos países com que têm superávit", afirmou Alckmin, reforçando a necessidade de diálogo.
Lula também tem se manifestado sobre a situação, criticando Trump e ressaltando que o Brasil usará todos os instrumentos legais disponíveis para proteger sua economia. Durante um congresso da União Nacional dos Estudantes, ele mencionou a possibilidade de taxar empresas digitais americanas, caso as negociações não avancem.
Riscos e Oportunidades
O parecer do Mdic aponta que a retaliação pode trazer riscos, como a imposição de tarifas a parceiros estrangeiros e restrições comerciais. No entanto, também é visto como uma oportunidade para o setor produtivo brasileiro, que se sente prejudicado pelas decisões de outros países. O decreto prevê que as contramedidas só sejam aplicadas após um processo de consulta pública e negociações bilaterais.
O governo brasileiro está, portanto, em uma posição delicada, buscando equilibrar a defesa da economia nacional com a necessidade de manter relações comerciais saudáveis. A expectativa é que as negociações sejam priorizadas para evitar impactos negativos antes que as tarifas entrem em vigor.
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