Trump marca seis meses de mandato com mudanças inesperadas na política americana

Donald Trump intensifica sua abordagem autoritária em novo mandato

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, tem adotado uma postura cada vez mais agressiva em sua política interna e externa. Desde que assumiu o cargo novamente, em janeiro de 2025, ele tem utilizado decretos executivos para implementar tarifas e políticas de imigração, desafiando normas estabelecidas.

Recentemente, Trump fez uma ameaça direta ao Brasil, anunciando a intenção de impor uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. A justificativa foi a alegação de que o Supremo Tribunal Federal do Brasil estaria ferindo a liberdade de expressão dos americanos. Essa abordagem, segundo especialistas, é sem precedentes e pode ter consequências significativas nas relações internacionais.

Táticas e Estratégias

Trump tem utilizado a tática de "flood the zone", despejando um volume massivo de informações e ações para atordoar a oposição. Desde que tomou posse, ele já assinou 170 decretos, uma média de quase um por dia. Essa estratégia visa contornar o Congresso e o Judiciário, permitindo que ele exerça um controle quase absoluto sobre a administração.

Além disso, a taxa média efetiva de tarifas nos Estados Unidos subiu de 2,5% para 16,6% desde o início do mandato. Essa mudança tem gerado impactos diretos na inflação, que subiu 2,7% em junho, afetando setores como eletrodomésticos e vestuário.

Desafios e Consequências

O Judiciário tem sido acionado para conter as ordens executivas de Trump, mas a maioria das decisões tem sido favorável ao presidente. A Suprema Corte, com uma maioria conservadora, já decidiu em diversas ocasiões a favor da ampliação dos poderes do Executivo.

No campo dos direitos civis, o governo Trump tem promovido uma cruzada contra políticas de diversidade e inclusão, pressionando instituições a abandonarem esses programas. Essa postura tem gerado uma autocensura generalizada entre empresas e universidades.

A política externa de Trump também tem sido marcada por uma desconstrução do multilateralismo. Ele retirou os Estados Unidos de acordos importantes, como o Acordo de Paris e a Organização Mundial da Saúde, e tem tratado aliados com uma abordagem transacional, priorizando interesses econômicos.

Com três anos e meio de mandato pela frente, Trump continua a moldar a política americana de maneira a desafiar as normas democráticas, deixando um legado que pode ser sentido por muito tempo.