Eduardo Bolsonaro encerra trajetória política e se afasta do cenário nacional

Após 120 dias afastado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) retorna à Câmara dos Deputados, mas expressa preocupação com a possibilidade de prisão ao voltar ao Brasil. O deputado, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, considera que sua situação política está em risco e pode optar por não reassumir o mandato.

Eduardo, que já manifestou interesse em concorrer à presidência em 2026, aguarda a decisão de seu pai sobre a candidatura. Em entrevista, ele afirmou: "Meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz." Recentes levantamentos indicam um leve aumento em sua popularidade, com 8% das menções entre os potenciais candidatos da direita, um crescimento em relação aos 4% registrados anteriormente.

Entretanto, a competição interna é acirrada. Eduardo está empatado com o inelegível Pablo Marçal e atrás de Ratinho Junior (PSD), Michelle Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que têm 9%, 13% e 15%, respectivamente. Além disso, Eduardo é considerado um dos piores candidatos para enfrentar Lula em um possível segundo turno, perdendo por 10 pontos percentuais.

A recente exposição midiática pode ter contribuído para o aumento nas menções ao seu nome, mas isso não necessariamente indica um fortalecimento real. O apoio de Eduardo às sanções norte-americanas pode ter impactado negativamente as intenções de voto dos candidatos bolsonaristas, incluindo seu pai, que viu uma queda significativa em sua popularidade.

Diante desse cenário, Eduardo Bolsonaro enfrenta um futuro incerto. As opções parecem limitadas: lançar uma candidatura nos Estados Unidos ou acompanhar seu pai em um eventual encarceramento no Brasil.