21 de jul 2025
Bolsonaro nega vínculo com tarifas de Trump e afirma não ter negociado com os EUA
Bolsonaro nega contato com autoridades dos EUA sobre tarifas e critica impacto econômico, enquanto enfrenta restrições do STF.

Ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) passou a usar tornozeleira eletrônica na última sexta-feira, 18 (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira, 21, qualquer contato com autoridades americanas sobre as tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros. Em entrevista à jornalista Andréia Sadi, Bolsonaro afirmou que a medida é uma questão do governo Trump e não envolve o Brasil. "Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Mentira", declarou.
As declarações de Bolsonaro contrastam com sua postura anterior, quando se mostrou disposto a negociar diretamente com Trump. Na semana passada, ele havia sugerido que poderia discutir a questão, caso o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizasse e a Polícia Federal devolvesse seu passaporte. "Quem não vai conversar vai pagar um preço alto", disse em coletiva no Senado.
Mudanças Recentes
A mudança de tom ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impor medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo a apreensão do passaporte e o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro, que agora enfrenta investigações e é réu por tentativa de golpe de Estado, minimizou a apreensão de US$ 14 mil em sua residência, afirmando que o valor é insignificante perto do que possui em bancos.
Eduardo Bolsonaro, seu filho e deputado, também se manifestou sobre as tarifas, afirmando que a decisão de Trump está relacionada a questões políticas e não comerciais. Ele destacou que o ex-presidente americano mencionou a crise institucional como um fator para a taxação.
Impacto Econômico
Bolsonaro ressaltou que a tarifa representa um "impacto enorme para a economia brasileira" e reiterou que a solução seria uma conversa com Trump para entender as condições da medida. Ele afirmou que Eduardo não tem autoridade para falar em nome do governo brasileiro, enfatizando que "ele não pode falar em nome do governo do Brasil."
Com a apreensão do passaporte e as novas restrições, o ex-presidente se vê em uma situação delicada, enquanto a relação entre Brasil e Estados Unidos se complica com a imposição das tarifas.


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