21 de jul 2025
Ex-policial é condenado por envolvimento na morte de mulher negra em sua casa
Brett Hankison, ex policial, recebe pena de dois anos e nove meses por violar direitos de Breonna Taylor, marcando um avanço na justiça racial.

Manifestante levanta um retrato de Breonna Taylor durante comício em memória de Breonna Taylor, no primeiro aniversário de sua morte, em Louisville, no Kentucky (Foto: Jeff Dean - 13.mar.21/AFP)
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O ex-policial de Louisville, Brett Hankison, foi condenado a dois anos e nove meses de prisão por violar os direitos de Breonna Taylor, que foi morta em março de 2020 durante uma operação policial. A sentença foi proferida nesta segunda-feira (21) pela juíza federal Rebecca Grady Jennings, que criticou a recomendação do Departamento de Justiça, que sugeriu apenas um dia de pena, alegando influências políticas.
Breonna Taylor, uma mulher negra de 26 anos, foi morta em sua casa após policiais entrarem sem aviso prévio, utilizando um mandado "no knock". Seu namorado, acreditando que eram intrusos, disparou contra os agentes, que revidaram, resultando na morte dela. O caso gerou protestos em todo o país, levantando questões sobre a brutalidade policial e a injustiça racial, especialmente após o assassinato de George Floyd.
A condenação de Hankison é significativa, pois representa a primeira vez que um policial enfrenta acusações federais por matar uma mulher negra nos Estados Unidos. A legislação prevê penas de 33 a 41 meses para crimes dessa natureza. A mãe de Breonna, Tamika Palmer, e outros familiares pediram ao juiz a aplicação da pena máxima, expressando a dor pela perda.
Durante a audiência, Hankison pediu desculpas à família de Breonna, afirmando que teria agido de forma diferente se soubesse dos problemas relacionados ao mandado de busca. O Departamento de Justiça, sob a administração de Donald Trump, minimizou o papel de Hankison na operação, o que gerou críticas de advogados da família, que consideraram a recomendação um insulto à memória de Breonna.
A condenação de Hankison é vista como um passo importante na luta por justiça racial e responsabilização policial, em um contexto onde a pressão por reformas no sistema de segurança pública continua a crescer.
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