23 de jul 2025
Supersalários aprofundam a desigualdade social no Brasil
Projeto de Lei 2.721/21 legaliza supersalários no funcionalismo, comprometendo a moralidade e ampliando desigualdades sociais no Brasil.

O prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília: contas públicas precisam de ajuste (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O Brasil enfrenta um desafio crescente em relação às desigualdades sociais, exacerbado pelo Projeto de Lei 2.721/21, que legaliza benefícios considerados indenizatórios para o funcionalismo público. Essa medida permite que supersalários fiquem fora do teto constitucional, comprometendo a moralidade do Estado e a justiça fiscal.
A análise da Transparência Brasil e da República.org revela que 19 dos 32 incisos do projeto estão relacionados aos contracheques do Judiciário, totalizando R$ 10,5 bilhões em 2024. O projeto também legaliza gratificações por acúmulo de serviço, transformando-as em dias de folga, o que representa um custo adicional de R$ 2,3 bilhões para os magistrados no próximo ano.
Supersalários e Desigualdade
Os supersalários não apenas afetam a estrutura do funcionalismo, mas também ampliam as desigualdades sociais. O sequestro orçamentário em favor de uma elite do funcionalismo prejudica o acesso à Justiça para a população. A análise aponta que 22 benefícios pagos a magistrados, totalizando R$ 7,1 bilhões, foram indevidamente classificados como indenizatórios.
É fundamental que os três Poderes do Brasil atuem para combater essas distorções. A legislação deve incluir medidas como a obrigatoriedade de divulgação detalhada dos contracheques e a proibição de criação de penduricalhos sem aprovação do Congresso. O ajuste fiscal não pode recair sobre os mais pobres enquanto uma elite do funcionalismo continua a maximizar seus benefícios.
A situação atual exige uma resposta efetiva para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma justa e equitativa, promovendo a redução das desigualdades sociais no país.
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