23 de jul 2025
Supremo espanhol mantém prisão de ex-dirigente do PSOE por envolvimento em esquema
Santos Cerdán permanece preso por obstrução da investigação de corrupção em obras públicas, com evidências que comprometem sua defesa.

Santos Cerdán chega ao Supremo para declarar como investigado, no dia 30 de junho. (Foto: Álvaro García)
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Santos Cerdán, ex-secretário de Organização do PSOE, permanecerá em prisão preventiva após a rejeição de seu recurso pela Sala de Apelação. A decisão, datada de 30 de junho, se baseia em indícios de obstrução da investigação sobre um esquema de corrupção em obras públicas durante o mandato de José Luis Ábalos.
Os magistrados, ao analisar o caso, destacaram evidências contundentes, como áudios e mensagens que implicam Cerdán em práticas ilícitas. A Sala argumentou que ele exercia um "papel diretivo e de controle" nas atividades criminosas dos investigados. O juiz Leopoldo Puente havia determinado a prisão preventiva devido ao risco de que Cerdán pudesse prejudicar a investigação.
A defesa de Cerdán alegou que o tribunal aplicou uma "presunção de indecência" em vez da "presunção de inocência". No entanto, os juízes consideraram que os fundamentos para a prisão são "lógicos e razoáveis". A análise incluiu mensagens de texto enviadas por Cerdán a Koldo García, assessor de Ábalos, que revelam sua influência nas nomeações e nas obras públicas.
Indícios de Corrupção
Os magistrados também avaliaram a adjudicação de numerosas obras públicas durante a gestão de Ábalos, que beneficiaram a empresa Acciona Construção, mesmo sem a melhor proposta econômica. A Sala concluiu que os critérios de avaliação foram "pervertidos", favorecendo a empresa em questão.
Além disso, a investigação ainda não conseguiu identificar todas as empresas beneficiadas ou os mecanismos de pagamento utilizados. Os juízes ressaltaram que Cerdán possui conhecimento detalhado sobre as comissões e os pagamentos, o que aumenta o risco de obstrução da investigação caso ele seja liberado.
Os magistrados afirmaram que a possibilidade de Cerdán tentar concertar-se com outros investigados para destruir provas ou modificar documentos é real. Essa situação justifica a manutenção de sua prisão, uma vez que ele detém informações cruciais que podem comprometer o andamento do processo.
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