23 de jul 2025
TJ-SP aceita denúncia contra policiais por morte de homem rendido em Paraisópolis
Policiais militares são denunciados por homicídio em Paraisópolis; comunidade clama por justiça após repercussão do caso.

Policial militar de colete com câmera acoplada (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou, nesta quarta-feira (23), a denúncia do Ministério Público contra quatro policiais militares envolvidos na morte de Igor Oliveira, ocorrida durante uma operação na favela de Paraisópolis. As imagens das câmeras corporais mostram dois PMs disparando contra o homem, que estava rendido e com as mãos na cabeça.
Os policiais Renato Torquato da Cruz e Robson Noguchi de Lima estão presos preventivamente, enquanto os outros dois respondem em liberdade. A juíza Luciana Menezes Scorza negou o pedido de liberdade provisória, citando a repercussão social do caso. A denúncia foi apresentada por três promotores do 4º Tribunal de Júri da Capital.
No dia 10 de julho, os policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) foram acionados para uma ocorrência de tráfico de drogas. Ao chegarem ao local, encontraram quatro homens, incluindo Igor, que fugiram para uma casa. Durante a abordagem, Igor foi baleado por Cruz, seguido por um disparo de Lima. Após os tiros, os policiais ativaram as câmeras, mas as imagens retroagiram 90 segundos, evidenciando a ação criminosa.
Repercussão e Protestos
A morte de Igor gerou protestos em Paraisópolis, com barricadas e confrontos entre moradores e a polícia. O coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, classificou a ação como ilegal e destacou que os policiais sabiam que estavam cometendo um erro. A Secretaria de Segurança Pública inicialmente alegou que a casa onde Igor foi morto era uma "casa-bomba", mas depois reconheceu o engano.
Os dois PMs envolvidos no assassinato alegaram legítima defesa, mas as imagens contradizem essa afirmação. A defesa de Lima, representada pelo advogado João Carlos Campanini, reafirma que a ação foi em legítima defesa. A situação permanece tensa, com a comunidade exigindo justiça e a PM tentando controlar os ânimos na região.


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